Governo de Goiás vai lançar Programa Estadual de Transplantes Renais

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria da Saúde, vai lançar na próxima sexta-feira (17), o Programa Estadual de Transplantes Renais. A meta é reduzir o número de pessoas na espera por um transplante renal e incrementar em 70% o número de transplantes no Estado. É esperado que sejam realizados 144 procedimentos neste ano, 60 cirurgias a mais que a quantidade realizada em 2016, quando foram realizados 84 transplantes.

A referência para os procedimentos será o Hospital Alberto Rassi (HGG), em Goiânia, única unidade de saúde pública credenciada pelo Ministério da Saúde para esse procedimento. Serão beneficiados, somente no mês de março, seis pacientes que necessitam de um novo rim para não depender mais da hemodiálise.

Transplantes em Goiás
De acordo com a Central de Transplantes, foram realizados em Goiás 84 transplantes em 2016. Não houve crescimento em relação a 2015, quando foram realizados 85 procedimentos. Em 2014, foram 63. Estima-se, conforme Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, que o Estado tenha 3.579 pacientes em diálise, sendo 84% usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e 232 pessoas na fila por um transplante renal.

“A necessidade de incrementar o número de transplantes em Goiás é urgente e o HGG tem todas as condições de reduzir a fila pelo procedimento e dar mais conforto aos pacientes em diálise”, informa o secretário de Saúde, Leonardo Vilela. Segundo ele, além de transplantes tradicionais a unidade também está apta para fazer transplantes intervivos.

Com o programa, o Hospital Alberto Rassi contará com duas equipes específicas para transplantes, com meta de realizar cinco procedimentos por mês. Serão urologistas, nefrologistas, anestesistas, clínicos e cirurgiões gerais, além da equipe de enfermagem, totalizando cerca de 12 profissionais.

O responsável pelo Serviço de Transplantes Renais do HGG, Bráulio Martins Ludovico, explica que há uma demanda reprimida no Estado por transplantes. “O HGG é hoje o hospital mais completo para o serviço. Acredito que podemos ultrapassar nossa meta de 60 procedimentos”, destaca.

A unidade, futuramente, passará a realizar transplantes de fígado e pâncreas.

Fonte: Goiás Agora

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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