Última atualização 15/03/2017 | 15:05
O Governo de Goiás, por meio da Secretaria da Saúde, vai lançar na próxima sexta-feira (17), o Programa Estadual de Transplantes Renais. A meta é reduzir o número de pessoas na espera por um transplante renal e incrementar em 70% o número de transplantes no Estado. É esperado que sejam realizados 144 procedimentos neste ano, 60 cirurgias a mais que a quantidade realizada em 2016, quando foram realizados 84 transplantes.
A referência para os procedimentos será o Hospital Alberto Rassi (HGG), em Goiânia, única unidade de saúde pública credenciada pelo Ministério da Saúde para esse procedimento. Serão beneficiados, somente no mês de março, seis pacientes que necessitam de um novo rim para não depender mais da hemodiálise.
Transplantes em Goiás
De acordo com a Central de Transplantes, foram realizados em Goiás 84 transplantes em 2016. Não houve crescimento em relação a 2015, quando foram realizados 85 procedimentos. Em 2014, foram 63. Estima-se, conforme Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, que o Estado tenha 3.579 pacientes em diálise, sendo 84% usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e 232 pessoas na fila por um transplante renal.
“A necessidade de incrementar o número de transplantes em Goiás é urgente e o HGG tem todas as condições de reduzir a fila pelo procedimento e dar mais conforto aos pacientes em diálise”, informa o secretário de Saúde, Leonardo Vilela. Segundo ele, além de transplantes tradicionais a unidade também está apta para fazer transplantes intervivos.
Com o programa, o Hospital Alberto Rassi contará com duas equipes específicas para transplantes, com meta de realizar cinco procedimentos por mês. Serão urologistas, nefrologistas, anestesistas, clínicos e cirurgiões gerais, além da equipe de enfermagem, totalizando cerca de 12 profissionais.
O responsável pelo Serviço de Transplantes Renais do HGG, Bráulio Martins Ludovico, explica que há uma demanda reprimida no Estado por transplantes. “O HGG é hoje o hospital mais completo para o serviço. Acredito que podemos ultrapassar nossa meta de 60 procedimentos”, destaca.
A unidade, futuramente, passará a realizar transplantes de fígado e pâncreas.
Fonte: Goiás Agora