Governo de Goiás vai reformar primeiro prédio feito em estilo art déco do estado

O Governo de Goiás vai investir R$ 1,7 milhão na reforma geral do Palácio da Instrução, na cidade de Goiás, que é a primeira edificação em estilo art déco do estado. A obra integra pacote de R$ 23,1 milhões anunciado pelo governador Ronaldo para a rede estadual de ensino, durante as comemorações pelo aniversário de 297 anos do município.

“Goiás foi o berço daquilo que sempre foi referência dos goianos, que é a boa educação”, afirmou o chefe do Executivo, durante solenidade de transferência simbólica dos Poderes, na última segunda-feira (22/7). Os serviços serão conduzidos pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc), conforme critérios para conservação de prédios tombados.

O Palácio da Instrução foi construído entre os anos de 1928 e 1929. Já funcionou como instituição de ensino e foi sede da pasta. Hoje abriga a Coordenação Regional de Educação (CRE) da cidade de Goiás. Esta é a segunda vez que espaço é reformado desde 2019. Em 2020, foi feito um processo de revitalização e substituição de uma quadra de esportes por jardins.

O novo projeto prevê a substituição das telhas, troca e reparação da estrutura de cobertura, recuperação do piso de madeira e do forro, restauração das esquadrias, pintura completa, reforma dos sanitários e das instalações elétricas e hidrossanitárias, instalação de canaletas com grelhas e reforma e adaptação das rampas de acesso ao prédio.

Patrimônio cultural

O Palácio da Instrução, por ser a primeira edificação em estilo art déco do estado, integra a relação de bens históricos tombados da cidade, eleita em 2001 como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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