Com atraso, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou medidas para combater a alta dos preços de alimentos e espera recuperar a aprovação do presidente ainda neste primeiro semestre. Lula vinha cobrando ações para reduzir o custo dos alimentos na mesa dos brasileiros desde o início do ano, mas só em março fez o anúncio. Nesta quinta (7), o vice-presidente Geraldo Alckmin revelou que o governo irá zerar a alíquota de importação de nove produtos alimentícios, incluindo carne, açúcar, café, azeite, milho, biscoitos e massas.
Especialistas apontam que o impacto das medidas pode não ser significativo, porém é crucial que o governo demonstre prontidão e prepare novas ações. A alta dos preços dos alimentos tem sido o principal motivo de desgaste, levando a uma mudança nas curvas de aprovação e desaprovação do governo. Até o ano passado, a aprovação superava a desaprovação, mas no atual cenário a desaprovação prevalece.
O governo precisa atacar a alta dos preços dos alimentos para reverter essa situação. Portanto, a decisão de zerar a tarifa de importação de nove alimentos é parte de um plano mais amplo. Além disso, estão previstos mais subsídios para médios produtores rurais, reformulação da política de estoque regulatório e incentivo aos Estados para zerar impostos da cesta básica.
As medidas foram anunciadas recentemente, mas ainda não se sabe o impacto exato para o consumidor. A expectativa é que algumas delas gerem resultados imediatos, como a redução do custo de rações para granjas com a importação de milho sem tarifa. No entanto, o impacto em produtos como carne e café pode ser limitado devido aos preços elevados no mercado internacional, mesmo com uma maior oferta no país. O governo enfrenta o desafio de conter a inflação dos alimentos e recuperar a aprovação do público.