O Parlamento português, também conhecido como Assembleia da República, decidiu seguir adiante com um voto de desconfiança contra o governo de centro-direita, que tem sido contestado pelos principais partidos da oposição. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (6), e a votação parlamentar está marcada para acontecer na próxima terça-feira (11).
O primeiro-ministro de Portugal, Luis Montenegro, propôs na quarta-feira (5) um voto de confiança em seu governo minoritário, arriscando sua própria demissão e uma possível eleição antecipada – o que seria a terceira eleição do país em menos de quatro anos.
Caso os legisladores rejeitem a proposta, o governo será derrubado e assumirá um papel interino até que o presidente Marcelo Rebelo de Sousa tome uma decisão sobre a dissolução do parlamento e convoque novas eleições, algo que muitos analistas consideram provável.
No centro da crise política em Portugal está uma empresa de consultoria de propriedade da família do primeiro-ministro Luis Montenegro, que firmou contratos com empresas privadas que a oposição alega terem beneficiado o premiê. Montenegro tem negado qualquer conflito de interesses ou questões éticas.
A crise política em Portugal ocorre em meio a outros acontecimentos internacionais, como um terremoto de magnitude 4,7 que atingiu o país recentemente e casos que chamaram a atenção da mídia internacional, como o de um português da alta sociedade acusado de abusar da esposa de 95 anos e a ameaça sofrida por um jornalista da CNN Portugal durante uma reportagem.
Para entender melhor a situação política em Portugal e em outros países, como a Coreia e a França, é importante compreender a diferença entre um processo de impeachment e um voto de desconfiança, temas que têm sido discutidos e analisados em diferentes partes do mundo.