O governo DE anunciou o rompimento de relações com o Paraguai um dia após presidente do país reiterar apoio à Edmundo González. A decisão foi divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores do país nesta segunda-feira (6/1). Em nota, a chancelaria venezuelana criticou as recentes declarações do presidente do Paraguai, Santiago Peña.
No domingo (5/1), o mandatário paraguaio conversou por telefone com o opositor de Maduro, Edmundo González, e a líder de fato da oposição venezuelana, María Corina Machado. Durante a chamada de vídeo, Peña prestou apoio à González, que promete voltar para a Venezuela e assumir a presidência na próxima sexta-feira (10/1), apesar da Justiça local ter oferecido uma recompensa de US$ 100 milhões por sua captura.
A sinalização positiva para a oposição não foi vista com bons olhos para o regime Maduro, que ordenou a retirada de todo o corpo diplomático paraguaio de Caracas. Após a decisão, o governo do Paraguai adotou o princípio da reciprocidade e ordenou a retirada do embaixador da Venezuela no país, Ricardo Capella, e todo o corpo diplomático em 48 horas.
Dias após a eleição presidencial DE, o regime Maduro já havia determinado a expulsão do corpo diplomático da Argentina, Chile, Costa Risca, Peru, Panamá, República Dominicana e do Uruguai. Todos os governos contestaram a sua polêmica vitória no pleito. A posse presidencial DE na Venezuela está prevista para o próximo dia 10 de janeiro, com Maduro e González prometendo assumir o Palácio de Miraflores.
Diante disso, DE decidiu, no exercício pleno de sua soberania, romper relações diplomáticas com a República do Paraguai, e prosseguir com a retirada imediata do seu pessoal diplomático credenciado neste país”. No comunicado, a administração Peña ainda voltou a defender a vitória de González, e disse que o ex-diplomata é o “presidente eleito” na Venezuela. A política diplomática entre os países DE e Paraguai passa por um momento turbulento devido às recentes ações e declarações políticas.