O Governo de São Paulo está estudando a possibilidade de utilizar a inteligência artificial (IA) para melhorar o atendimento na rede de saúde pública do estado. A Secretaria de Saúde de São Paulo está testando ferramentas de IA com o objetivo de facilitar o processamento de indicadores e a alocação de recursos. A ideia é integrar a IA ao sistema de monitoramento em saúde para auxiliar no atendimento dos pacientes. Atualmente, a ferramenta já está sendo testada no teleatendimento de presos, mostrando resultados promissores.
O Secretário de Saúde, Eleuses Paiva (PSD), citou referências de projetos semelhantes que estão sendo testados no sistema de saúde britânico NHS e na universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos. No Reino Unido, a IA está sendo utilizada para assistência de diagnósticos clínicos e gestão de pessoal, enquanto nos EUA ideias incluem o uso de robôs guiados por IA em cirurgias. Em São Paulo, a IA já está presente no teleatendimento do Serviço de Administração Penitenciária, ampliando o atendimento às pessoas privadas de liberdade.
O projeto de digitalização da saúde é uma das grandes apostas do Secretário Paiva, que enxerga na IA um grande avanço para a saúde digital não só de São Paulo, mas do Brasil e do mundo. O Centro Líder de Inovação em Saúde Digital, inaugurado em 2020, é um laboratório onde as ferramentas de IA são testadas antes de serem implementadas na rede. Com a IA, a ideia é expandir serviços como o TeleAPS, o AME+ Digital e o TeleUTI, melhorando o atendimento e a gestão de recursos.
A utilização de inteligência artificial em dados de saúde é um tema globalmente discutido por seu potencial de agilizar atendimentos e ampliar o acesso a serviços. No entanto, questões relacionadas à segurança dos dados e à proteção da privacidade dos pacientes também são levantadas. No Reino Unido, a implementação da IA no NHS tem gerado debates sobre a proteção de dados. No Brasil, o SUS também tem passado por processos de digitalização, com a proposta de integrar dados e agilizar atendimentos.
O governo federal e estadual têm buscado formas de implementar a IA na saúde, com projetos como o Conecte SUS e o Programa SUS Digital. A integração de dados e a melhoria nos processos de atendimento são os objetivos principais dessas iniciativas. Em São Paulo, a IA já é uma realidade no teleatendimento e a expectativa é de que, no futuro, serviços como a entrega de medicamentos e os acompanhamentos dos pacientes sejam feitos de forma digital, sempre contando com a ajuda da inteligência artificial. É um passo importante rumo à saúde digital e mais eficiente.
