Dengue: Governo de SP aposta em nova estratégia para combater a doença
A secretaria estadual de saúde apresentou novo plano com as principais recomendações de combate à dengue e outras arboviroses.
DE — Nesta quarta-feira (15/1), o governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), apresentou o Plano de Contingência das Arboviroses Urbanas 2025/2026.
A ação contém as principais estratégias, ações e recomendações de combate à dengue, chikungunya e zika. Com uma nova metodologia para acompanhamento dos casos e de resposta no atendimento aos pacientes, o plano foi apresentado na Sala de Situação montada pela Pasta.
Acompanhe: o plano foi detalhado pela área de Vigilância Epidemiológica, que apontou a prevalência do sorotipo 3 da dengue circulando desde o fim do ano passado. A ocorrência foi identificada pelas 71 unidades sentinelas que monitoram a circulação do vírus da dengue, do tipo 1 ao 4, em todo o território paulista. O planejamento foi atualizado para o biênio 2025/2026 e apresenta nova metodologia para acompanhamento dos casos. A plataforma desenvolvida pela Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD) da SES apresenta novos painéis para ampliar a transparência na consulta dos casos por dengue e chikungunya no estado. Os dados estão disponíveis para o público em geral e são atualizados em tempo real, mostrando números detalhados das doenças, inclusive por região e por sorotipo da dengue. Na apresentação, estiveram presentes representantes da Defesa Civil, Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (Cosems). O secretário de estado da Saúde, Eleuses Paiva, também esteve presente na apresentação. Ele destaca que, desde o ano passado, o governo estadual trabalha para reduzir a proliferação e fatalidade causada pelas doenças: “Estamos pautando iniciativas efetivas e continuaremos esse diálogo em todo o território paulista, com os nossos Departamentos Regionais de Saúde (DRS), reforçando o papel da vigilância e controle, além de ampliar a rede assistencial. Nosso objetivo é reduzir a incidência e mortalidade causada pelas doenças e coordenar a resposta estadual de forma integrada entre todos os níveis de atenção à saúde”, pontuou. Tatiana Lang, diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da SES, acrescentou que o plano considera cenários de mobilização e alerta regional, conforme o número de casos suspeitos e confirmados em períodos de quatro semanas consecutivas. “A classificação dos cenários considera a média histórica de casos dos últimos dez anos nas regiões. Temos um painel em tempo real mostrando todos os números, gerando mapas por semanas epidemiológicas e tudo isso dá mais transparência de como o governo do estado tem lidado com o combate às arboviroses”, explicou a diretora.
O Plano de Contigência aposta em nova metodologia com estratégias e ações contra arboviroses. Além da dengue, foram debatidas ações de combate à chikungunya e zika. O secretário da saúde de SP esteve presente durante a apresentação. A dengue faz parte de um grupo de doenças denominadas arboviroses, que se caracterizam por serem causadas por vírus transmitidos por vetores artrópodes. No Brasil, o vetor da dengue é a fêmea do mosquito Aedes aegypti. LEIA TAMBÉM
Segundo o Ministério da Saúde, essa arbovirose é uma doença “febril aguda, sistêmica, dinâmica, debilitante e autolimitada”. A maioria dos doentes se recupera, mas parte deles podem progredir para formas graves, inclusive vindo a óbito. São comuns os sintomas: febre alta (39°C a 40°C), dor de cabeça, prostração, dores musculares e/ou articulares, dor atrás dos olhos. Todo indivíduo que apresentar dois ou mais desses sintomas deve procurar imediatamente o serviço de saúde. Cidades em alerta. O estado de São Paulo registra 27.615 casos prováveis de dengue desde a primeira semana epidemiológica de 2025, de acordo com os dados desta quarta-feira (15/1) do painel da dengue administrado pela SES. 7.548 casos já foram confirmados. Cidades do estado decretam situação de alerta. Entenda: Segundo o painel da SES, no Departamento Regional de Saúde (DRS) de Araçatuba, que engloba a cidade e municípios vizinhos, há 1622 casos confirmados, o que resulta no mais alto coeficiente de incidência da doença registrado no estado a cada 100 mil habitantes: 215,70 população de 721 mil pessoas. Para o secretário municipal de Saúde, Daniel Martins Ferreira Júnior, ainda não é necessário decretar situação de emergência. Com o segundo coeficiente de incidência mais alto registrado no estado a cada 100 mil habitantes, o município de Jales possui 571 casos de dengue confirmados. O coeficiente é marcado em 208,42 população de 50.017 habitantes. São José do Rio Preto também figura alto coeficiente de incidência da doença. O município tem 1235 casos confirmados, o segundo maior número do estado. O coeficiente do DRS registra 90,60 população de 1,6 milhão de pessoas e é o terceiro maior de São Paulo. O prefeito Fábio Candido decretou estado de emergência em 3 de janeiro deste ano. De acordo com o painel, nenhum óbito pela doença foi confirmado em 2025. Fique por dentro do que acontece em São Paulo. Siga o perfil do Metrópoles SP no Instagram. Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre São Paulo por meio do WhatsApp do Metrópoles SP: (11) 99467-7776.