Governo do Catar proíbe venda de cerveja em estádios da Copa

Governo do Catar proíbe venda de cerveja em estádios da Copa do Mundo

Governo do Catar proíbe venda de cerveja em estádios da Copa

A Fifa confirmou nesta sexta-feira, 18, horário do Catar, que não será permitida a venda de cerveja dentro e nos arredores dos estádios da Copa do Mundo. A decisão foi tomada pelo Comitê da Entrega e Legado, que organiza o Mundial. 

”Uma decisão foi tomada para focar a venda de bebidas alcoólicas no festival Fan Fest da Fifa, outros destinos turísticos e pontos autorizados, removendo pontos de vendas de cerveja dos perímetros da Copa do Mundo de 2022”, disse a entidade. 

Inicialmente, o acordo liberava a venda no entorno dos dois estádios da competição, no entanto, o governo do país voltou atrás na decisão. Só a versão zero (sem álcool) da cerveja continuará disponível em todos os estádios. 

A decisão foi tomada às vésperas do início do Mundial, que começa neste domingo, 20, e desagradou a Fifa e os patrocinadores, em especial a Budweiser. A fabricante de cerveja pagou US$ 75 milhões para ser patrocinadora oficial do evento. ”Os organizadores do torneio agradecemos a compreensão e apoio contínuo da AB InBev ao nosso compromisso conjunto de atender a todos durante a Copa do Mundo”, acenou a Fifa à patrocinadora. 

Segundo o jornal The New York Times, a Budweiser recebeu a ordem de posicionar barracas de cervejas nos estádios locais menos visíveis. A determinação partiu do xeque Jassim bin Hamad bin Khalifa al-Thani, irmão do emir do país. 

No Qatar negociar álcool não é crime, mas ser encontrado bêbado ou bebendo é, e o governo faz o máximo para dificultar  consumo. Durante a copa, poucos bares podem ser encontrados vendendo a bebida, quase sempre encontrado em hotéis. 

De acordo com o site Expansivity, o Catar tem a cerveja mais cara do mundo. Isso porque o governo aplica imposto de 100% na importação do produto, chamado como ”taxa do pecado”. O único ponto de distribuição no país é controlado pela Qatar Distribution Company (QDC). 

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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