O governo do Distrito Federal afastou os diretores de uma escola que foram acusados de falsificar a assinatura de professores em atas de prestação de contas. Segundo relatos de professores, reuniões que supostamente seriam realizadas para discutir a prestação de contas nunca ocorreram. Diante disso, o Ministério Público do DF e a corregedoria estão investigando o caso, e o afastamento dos diretores por 60 dias pode ser prorrogado.
A Secretaria de Educação do Distrito Federal tomou a decisão de afastar preventivamente Simone Clay Oliveira Marques e Diógenes Henrique Pantaleão de Carvalho de seus cargos por conta das suspeitas de falsificação de assinaturas de professores em atas. O afastamento inicial é de 60 dias, podendo chegar a 120 dias, sem prejuízo na remuneração dos envolvidos, como publicado no Diário Oficial do DF.
Os diretores são acusados de forjar a assinatura de docentes em reuniões que jamais aconteceram, inclusive com alguns professores estando de férias na data das supostas reuniões falsas. A intenção por trás da falsificação seria dar um aspecto de legalidade ao processo de prestação de contas da escola, que acabou chamando a atenção das autoridades e dos professores.
Após a denúncia de uma servidora sobre essas práticas irregulares, constatou-se que as assinaturas presentes nas atas de reuniões teriam sido falsificadas para encobrir as irregularidades. Os diretores teriam utilizado a aprovação fraudulenta de gastos de R$24 mil do Programa Dinheiro Direto na Escola para supostamente adquirir equipamentos tecnológicos e de infraestrutura educacional que nunca foram comprados.
Os recursos destinados ao colégio não estariam sendo utilizados para o fim adequado, o que despertou a desconfiança dos professores, resultando em denúncias ao Ministério Público e à Corregedoria da Secretaria de Educação. A pasta afirmou que o afastamento dos servidores visa garantir uma investigação transparente sobre as possíveis irregularidades detectadas.
O Sindicato dos Professores do DF está acompanhando de perto as investigações e destaca a importância da transparência na utilização dos recursos públicos destinados à educação. A entidade ressalta a necessidade de ouvir todos os segmentos da comunidade escolar e realizar a prestação de contas de forma clara e honesta, como defende Júlio Barros, representante do Sinpro-DF.
Essas denúncias servem de alerta para outras escolas e para a sociedade em geral sobre a importância da fiscalização e transparência no uso de recursos públicos na área da educação. A fraude na assinatura de documentos e a má utilização de verbas comprometem o desenvolvimento adequado das instituições de ensino e a qualidade da educação oferecida aos estudantes.