Governo do DF não fiscalizou clínica interditada após mortes: Instituto Liberte-se em foco

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Mesmo após cinco mortes e uma série de denúncias, o governo do Distrito Federal (DF) não fiscalizou uma das clínicas da rede Instituto Terapêutico Liberte-se que já tinha ordem de interdição. A clínica, situada na Rua 18 do Núcleo Rural Lago Oeste, em Sobradinho II, tinha sido mandada interditar em julho de 2024, mas somente nesta terça-feira (16), após uma operação da polícia que investiga denúncias de agressão e cárcere privado no local, foi efetivamente interditada.

Outra unidade do Instituto Terapêutico Liberte-se também foi alvo de uma operação da Polícia Civil. As denúncias envolvem supostos casos de cárcere privado, agressões físicas, restrição de contato dos internos com familiares e administração irregular de medicamentos. Em resultado da ação policial, três responsáveis pela unidade foram presos em flagrante por crime de cárcere privado e estão sob custódia da Justiça.

A pasta responsável pela fiscalização, DF Legal, afirmou que, devido à alta demanda de atividades, nem sempre é possível retornar a todos os locais que foram notificados, embargados, interditados ou intimados a demolir. A secretaria de Saúde do DF informou que está oferecendo assistência aos pacientes internos da clínica, realizando avaliações de saúde e encaminhamentos para tratamentos especializados.

Além disso, antes do incêndio que resultou em cinco mortes em uma das unidades do Instituto Terapêutico Liberte-se no Paranoá em agosto, a instituição operava com três unidades espalhadas pelo DF. Duas delas, ambas na chácara 420 e 470 do Núcleo Rural Colombo Cerqueira, no Paranoá, foram alvo de interdição e fogo respectivamente. A terceira unidade, na Rua 18 do Núcleo Rural Lago Oeste, em Sobradinho II, foi fechada após a operação policial.

A operação realizada pela Polícia Civil na clínica do Lago Oeste, nomeada “Portas Abertas”, foi originada a partir de relatos de internos sobre graves irregularidades no local. Os pacientes confirmaram os relatos de cárcere privado, agressões físicas e outras práticas inadequadas. A Direção da clínica Liberte-se manifestou pesar pelo incêndio ocorrido, se colocou à disposição das autoridades para colaborar com as investigações e reiterou seu compromisso com a transparência e apuração dos fatos.

Portanto, a situação das clínicas do Instituto Terapêutico Liberte-se, envolvendo desde denúncias graves até o trágico incêndio, demanda uma investigação cuidadosa e ações rigorosas por parte das autoridades competentes. É essencial que haja transparência, responsabilidade e prestação de contas por parte das instituições envolvidas para garantir a segurança e a integridade dos pacientes e da comunidade em geral, bem como para evitar a repetição de situações semelhantes no futuro.

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