Governo do Distrito Federal nega ter privilegiado Bolsonaro e diz que pediu exames porque o quadro clínico é público

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O governo do Distrito Federal enviou uma nota à Câmara Legislativa negando que tenha favorecido o ex-presidente Jair Bolsonaro ao solicitar exames médicos, alegando que o pedido foi feito por conta da transparência associada ao quadro clínico do político. A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária justificou que o procedimento foi antecipado devido à divulgação pública das informações. Segundo a pasta, a avaliação médica é imprescindível para todos os detentos, embora seja realizada normalmente após a entrada no sistema prisional. A Seape destacou que, diante de possíveis comorbidades ou fragilidades de saúde, são adotadas medidas imediatas para garantir cuidados adequados aos presos. A Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa solicitou que o protocolo utilizado com Bolsonaro seja estendido aos mais de 27 mil detentos da região.

A expectativa é que Jair Bolsonaro cumpra sua pena no presídio de segurança máxima da Papuda, em Brasília, após ter sido condenado a 27 anos e 3 meses em regime inicial fechado. Desde agosto, o ex-presidente se encontra em prisão domiciliar preventiva por outra investigação. Após solicitar tratamentos e atendimentos médicos devido às sequelas do atentado de 2018, aliados acreditam que a defesa buscará a prisão domiciliar com base no caso de Fernando Collor, beneficiado pela mesma medida após o trânsito em julgado de sua condenação. Collor, com 75 anos na época, alegou tratamento de doenças crônicas para obter o benefício.

Os pedidos de Bolsonaro incluem deslocamentos para hospitais e visitas médicas em casa, em decorrência de seu histórico de saúde fragilizado. A defesa do ex-presidente aponta a necessidade de cuidados contínuos devido a condições médicas pré-existentes. O governo do DF reforçou que todas as medidas adotadas são baseadas na equidade e na transparência das informações, independentemente do indivíduo envolvido. A situação jurídica de Bolsonaro ainda está em análise, e as decisões sobre a execução de sua pena devem seguir os trâmites legais estabelecidos.

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