Governo do ES exclui mulheres de negociação e faz proposta para PMs voltarem

O Governo Paulo Hartung (PMDB) anunciou nesta sexta-feira ter chegado a um acordo com associações de Policiais Militares para tentar encerrar a paralisação de agentes que completa uma semana. A negociação, no entanto, excluiu representantes de mulheres e parentes dos PMs que lideram o movimento ao bloquear a saída dos batalhões e, portanto, não é garantido o fim do impasse. As autoridades capixabas reconheceram a fragilidade do pacto e fizeram um apelo, diante dos jornalistas, para que os agentes retornem às ruas a partir das 7h e “conversem” com suas esposas.

Pelo acerto entre Governo e associações do PMs, não há previsão de reajuste salarial imediato para a categoria, como reivindicava a mobilização, mas há a promessa de que a negociação sobre o tema continue. Pelo acordo, os policiais militares não serão punidos administrativamente pelos dias de paralisação. A oferta de anistia, no entanto, não abarca os 703 policiais já indiciados pelo crime de revolta e que podem pegar de 8 a 20 anos de detenção caso sejam condenados.

“Conversamos com os nossos soldados e pedimos bom senso e que retomem as atividades. Já são mais de 100 mortes”, disse o secretário estadual de Direitos Humanos, Júlio Cesar Pompeu durante coletiva de imprensa. “Estou esperançoso de que não serão necessárias medidas para garantir o império da lei”, completou. Ainda segundo Pompeu, a proposta foi construída com muitas mãos e muitos líderes.

Ao saberem da notícia sobre o acordo anunciado na noite sexta-feira, as mulheres e mães de PMs que acampavam na frente do Batalhão de Missões Especiais (BME) afirmaram à reportagem que as associações não participam do movimento e, portanto, não as representam. “Esse acordo não muda em nada nossa luta. Vamos continuar aqui até o Governo atender ao nossos pedidos”, afirmou uma delas.

Foi o que aconteceu na manhã deste sábado. Mulheres de policiais continuam acampadas em frente a batalhões em Vitória, mesmo depois das 7h, prazo que o Governo deu aos PMs para voltarem às atividades sem punição. Alguns agentes chegaram a tentar convencer as que acampam na frente do Quartel Central da capital capixaba a desobstruírem a saída por volta das 8h. “Estamos a flor da pele. A gente precisa sair, alguém precisa renunciar”, disse uma subtenente.

O movimento, no entanto, não recuou. Elas reafirmaram que as associações de policiais não as representam e que o acordo anunciado pelo Governo ontem não atende as reivindicações do grupo. De mãos dados elas rezaram e entoaram gritos de “não acabou”. “Não vamos sair, não temos medo. Estamos aqui para arcar com as consequências que nos forem impostas”, disse Selma Souza, mãe de um policial.

A mais recente cartada da gestão Hartung para tentar acabar com a paralisação ocorre depois de uma semana de caos e violência que matou ao menos 125 pessoas no Estado. Durante o período, o governador se manteve irredutível desde o início da paralisação, afirmando que o aumento do salários dos PMs era inviável e não cabia no orçamento, além de ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal. Hartung alegava ainda que fazer concessões agora poderia abrir um precedente perigoso que poderia colocar em risco todo o esforço aplicado para manter as contas no azul. No ano passado, o Espiríto Santo foi um dos únicos Estados a fechar o ano com um resultado primário (a soma entre as despesas e as receitas) positivo.

Com o caos instaurado no Estado, os capixabas vivem uma espécie de estado de sítio, que divide a população entre os que são a favor e contra o movimento. Com isso, as mulheres dos PMs sofrem certa hostilidade de alguns moradores, mas afirmam que a maioria das pessoas as apoia. “Muita gente vem aqui trazer alguma coisa para a gente comer, vem cumprimentar. Nos últimos dias também recebemos o apoio da Polícia Civil e dos Bombeiros, os carros passam aqui buzinando”, conta Bárbara*.

Fonte: El país

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Lotofácil: Apostas de PR e SP acertam dezenas e levam R$ 795 mil

Apostas do Paraná e de São Paulo acertaram as 15 dezenas do concurso 3249 da Lotofácil e levou para casa o prêmio de R$ 795.283,07. O sorteio aconteceu nesta quinta-feira, 22, no Espaço da Sorte, em São Paulo.

Os números sorteados foram: 01-03-05-06-07-08-10-11-12-13-14-16-20-21-22.

As apostas vencedoras do prêmio principal são de Curitiba (PR) e Campinas (SP), ambas feitas por canal eletrônico.

Além do prêmio principal, houve também premiações em acertos menores:

  • 260 apostas com 14 acertos. Cada uma recebe um prêmio de R$ 1.832,44.
  • 9.235 jogos vencedores acertaram 13 números e levam R$ 30.
  • 113.148 apostas com 12 acertos faturam R$ 12.
  • 634.533 apostas fizeram 11 dezenas e ganham R$ 6.

O próximo sorteio da Lotofácil acontece nesta sexta-feira, 22, com prêmio estimado de R$ 5,5 milhões.

Como participar?

Para participar da Lotofácil, os apostadores podem escolher entre 15 e 20 números de um total de 25 disponíveis. A aposta mínima, com 15 números, custa R$ 3,00. Além disso, os jogadores têm a opção de usar a Surpresinha, onde o sistema escolhe os números aleatoriamente, ou a Teimosinha, que permite concorrer com a mesma aposta por vários concursos consecutivos.

As chances de ganhar na Lotofácil variam de acordo com o número de dezenas acertadas. Para ganhar algum prêmio, é necessário acertar entre 11 e 15 números. A probabilidade de acertar as 15 dezenas é de 1 em 3.268.760.

As extrações da Lotofácil ocorrem seis vezes por semana, de segunda a sábado, sempre às 20h no horário de Brasília. Os resultados são divulgados pela Caixa Econômica Federal em seu canal oficial no YouTube.

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