Governo do RJ tem recurso negado em caso da “folha secreta” do Ceperj: falta de transparência nas contratações é proibida

A Justiça do Rio de Janeiro negou um recurso do governo do estado em relação às contratações suspeitas no Ceperj, que ficaram conhecidas como a “folha secreta do Ceperj”. Segundo o Ministério Público e o Tribunal de Contas, funcionários da fundação sacaram mais de R$ 220 milhões em espécie em 2022. Um relatório da Controlaria do RJ apontou que o governo não cumpriu 90% das recomendações sobre as contratações irregulares no órgão.

Por unanimidade, os desembargadores da 2ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do RJ mantiveram a decisão da 1ª instância que proibia o estado de continuar com o modelo de contratação adotado no Ceperj. Esse modelo incluía vagas temporárias abertas sem processo seletivo ou transparência, com pagamento realizado apenas em agências bancárias. A sentença, datada de 3 de dezembro, foi mantida pelos desembargadores.

O governo tentou reverter a sentença da primeira instância, que proibiu as contratações no Ceperj sem a devida divulgação no portal eletrônico, especificando as funções, carga horária, remuneração e demais aspectos. A Justiça também proibiu o pagamento de funcionários temporários através de recibos de pagamento autônomos e ordens bancárias. O relator do caso no TJRJ destacou que a falta de transparência viola os princípios da legalidade, impessoalidade e publicidade na Administração Pública.

O modus operandi observado nas contratações suspeitas no Ceperj envolvia cerca de 18 mil contratações, com remunerações pagas através de ordens de pagamento e saques em espécie em agências bancárias. Essa situação, de acordo com a decisão da 2ª Câmara de Direito Público, evidenciou a falta de transparência no processo. O governo do RJ foi contatado pelo DE para se posicionar sobre o caso, mas ainda não houve resposta.

A Fundação Ceperj, sediada em Botafogo, foi alvo de investigações e ações judiciais devido às contratações suspeitas e ao pagamento de salários em espécie diretamente nas agências bancárias. O caso da “folha secreta do Ceperj” gerou repercussão e resultou na proibição desse modelo de contratação no órgão. A falta de transparência e a ausência de processos seletivos prévios foram apontados como violações aos princípios da Administração Pública pelo Tribunal de Justiça do RJ.

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Laudo confirma afogamento de mulher encontrada morta em Muriqui: caso investigado

Laudo aponta que mulher achada morta na Praia de Muriqui foi vítima de afogamento

Danielle Machado da Silva tinha 36 anos e desapareceu na noite de quarta-feira (8) durante um temporal. Familiares disseram que ela brigou com o marido pouco antes de sair de casa.

Danielle da Silva foi encontrada morta em praia de Muriqui — Foto: Arquivo pessoal

O laudo de necropsia do corpo da mulher encontrada morta na Praia de Muriqui, distrito de Mangaratiba, na Costa Verde fluminense, indica afogamento.

Danielle Machado da Silva tinha 36 anos. Ela desapareceu na noite de quarta-feira (8) durante um temporal.

A chuva era tão forte que as sirenes da localidade Cachoeira Dois, onde ela morava, chegaram a ser acionadas.

A família de Danielle conta que ela estava brigando com o marido, com quem tinha um relacionamento conturbado, quando saiu de casa.

A família disse ainda que, no dia seguinte ao desaparecimento, encontrou uma mochila com roupas, um celular e os documentos de Danielle no caminho da casa.

Parentes também falaram que o corpo de Danielle tinha marcas de pauladas no rosto e estava sem alguns dentes. A família acredita que ela foi morta pelo companheiro, que a teria agredido em outras ocasiões.

A delegacia 165ª DP (Mangaratiba) investiga o caso. Os agentes buscam imagens de câmeras de segurança que possam ajudar a esclarecer os fatos.

O corpo de Danielle foi enterrado neste sábado (11).

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