Governo e UFG se unem para mapear diabetes na população

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) firmou uma parceria com o Centro de Referência em Oftalmologia (Cerof) da Universidade Federal de Goiás (UFG) para realizar um estudo inédito que identificará a real prevalência de diabetes no estado. A pesquisa, encomendada pela SES à UFG, busca mapear a população diagnosticada com diabetes e avaliar complicações associadas à doença.

Atualmente, a identificação dos casos de diabetes é baseada nos dados do sistema Vigitel, um levantamento nacional feito por consulta telefônica. O novo estudo, entretanto, fornecerá dados mais precisos para o estado goiano.

Orientação em políticas públicas para saúde

“O levantamento feito de maneira conjunta entre SES e a UFG permitirá conhecer os números de maneira mais fidedigna. Isso poderá mudar a cara da política pública para tratar essa doença tão grave”, destacou o secretário adjunto de Saúde, Sérgio Vencio.

Marcos Ávila, presidente do Conselho Administrativo e fundador do Cerof, ressaltou a importância de uma metodologia eficaz para mensurar a incidência de diabetes, algo que há anos vem sendo discutido, mas ainda sem uma solução satisfatória.

“Além de apontar a quantidade de pessoas com diabetes, o estudo vai mostrar o risco maior das consequências da doença. Esse estudo vai ser útil para todo o país, para o SUS”, afirmou Ávila.

O projeto, liderado pelo professor Thiago Rangel, começará em Guapó, na região metropolitana de Goiânia, e contará com uma análise estatística detalhada pela UFG. A SES apoiará com dados de saúde e suporte laboratorial, além de auxiliar na regulação e insumos para a fase de campo.

O Cerof conduzirá um mutirão oftalmológico em Guapó, com exames de retinografia, para detectar problemas oculares decorrentes da diabetes. O processo será replicado em outro município goiano ainda a ser definido. A expectativa é que a iniciativa, em fase final de ajustes, tenha início nos próximos meses.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Lula recebe alta hospitalar e ficará em SP até quinta-feira

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu alta médica e deixará o Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, ainda neste domingo, 15. Ele ficará em sua residência, em São Paulo, até pelo menos a próxima quinta-feira, 19.

A informação foi divulgada em coletiva de imprensa na manhã de hoje, 15, no auditório do hospital, onde o presidente está internado desde a última terça-feira, 10, para uma cirurgia de emergência em que precisou drenar um hematoma na cabeça, entre o osso do crânio e o cérebro.

A entrevista foi concedida pelo cardiologista Roberto Kalil Filho, o neurologista Rogério Tuma, o neurocirurgião Marcos Stávale, a médica do presidente, Ana Helena Gremoglio, e o médico José Guilherme Caldas, que realizou o procedimento de embolização no presidente.

“O quadro foi extremamente acima do esperado. Para minha felicidade e de toda a equipe, ele está de alta hospitalar”, disse a médica Ana Helena Gremoglio.

“Ele está de alta hospitalar, não alta médica”, esclareceu Kalil. Por isso, disse o médico, o presidente precisará continuar na capital paulista por mais alguns dias para acompanhamento. Na próxima quinta-feira, Lula deverá passar por exames no hospital, entre eles, uma tomografia.

De acordo com Kalil, Lula poderá exercer suas atividades normalmente nesse período, só evitando exercícios físicos.

“Ele está estável, caminhando, se alimentando, falando normalmente. Ele teve um pós-operatório muito bom, dentro do que se esperava”, afirmou Kalil.

Histórico

Lula teve de ser hospitalizado por causa de uma queda doméstica que sofreu em outubro.

O presidente chegou a São Paulo na madrugada de terça-feira, após ter sentido dores de cabeça. Uma ressonância magnética feita no Hospital Sírio-Libanês, ainda em Brasília, mostrou uma hemorragia intracraniana, decorrente do acidente domiciliar sofrido no dia 19 de outubro. O presidente foi então transferido para a unidade do hospital, na capital paulista, onde passou pelo procedimento cirúrgico.

Na quinta-feira, 12, dois dias após a cirurgia, o presidente foi submetido a um novo procedimento, para bloquear o fluxo de sangue e reduzir o risco de formação de novo hematoma. Já na última sexta-feira, 13, Lula teve retirado o dreno intracraniano que havia sido colocado na cirurgia da última terça-feira, 10. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Lula apareceu caminhando ao lado do neurocirurgião Marcos Stavale.

Na mensagem publicada nas redes sociais, o presidente escreveu: “Estou firme e forte! Andando pelos corredores […], conversando bastante, me alimentando bem e, em breve, pronto para voltar para casa e seguir trabalhando e cuidando de cada família brasileira”.

No boletim médico, divulgado ontem, 14, os médicos informaram que o presidente fez apenas exames de sangue.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp