Governo enfrenta crise constante: Sidônio Palmeira e a gestão da Secom

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Erros do governo transformam a Secom em gabinete de gestão de crises

Passados cinco meses desde a chegada de Sidônio Palmeira na chefia da Secom, a pasta tem sido atropelada com uma crise por mês, em média. A mais recente é a do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

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Quando foi convidado para assumir a Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República), Sidônio Palmeira tinha a missão de fazer um freio de arrumação na comunicação e vender as medidas do governo Lula.

Passados cinco meses desde a entrada do marqueteiro no Planalto, a pasta tem sido atropelada com uma crise por mês, em média, e ganhou ares de gabinete de gerenciamento de crises.

Pix, INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), constrangimento de Janja na China, regulação de mídia e, agora, o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). São medidas e episódios que atingem em cheio diferentes segmentos da sociedade de um país rachado, que decide a eleição na margem.

Por isso, nem um campo nem outro tem gordura para queimar e pode se dar ao luxo de perder pontos com quem quer que seja. E pior: não pode sequer culpar a oposição, pois as munições são todas geradas pelo próprio governo. O que a oposição faz é oposição: pega o fato, explora, desdobra e impõe desgastes ao governo.

A Secom que Sidônio assumiu em janeiro deveria estar às voltas com a comunicação do programa da conta de luz. Mas foi — mais uma vez — atropelada pelos erros do próprio governo, que — mais uma vez — subdimensionou o potencial do estrago de uma medida como a do IOF.

O que a nova Secom tem conseguido fazer, em meio às crises que precisa resolver, é impor velocidade na resposta. Num governo analógico, que muitas vezes acha que pode deixar tudo para amanhã em um mundo que quer tudo para ontem — a Secom pressiona e cobra por respostas imediatas. Ou seja, acerta no timing da correção de erros.

Mas o Planalto sabe que isso não basta para recuperar popularidade. Muito pelo contrário. Tudo bem que marqueteiro não faz milagre — mas não conseguir trabalhar por causa dos erros do próprio campo já é outra história.

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