Governo estípula prazo para corte de gastos com veículos

A estimativa é que essa determinação represente uma economia de até R$ 20 milhões em transporte para o Governo do Estado.

Pela determinação do governador José Eliton (PSDB), as secretarias e demais órgãos públicos do Governo de Goiás, têm até o dia 8 de setembro para cortarem pela metade os gastos com transporte utilizados em serviços administrativos.  A determinação consta do Decreto nº 9.243, publicado no Diário Oficial do último dia 8, e não inclui veículos com uso específicos, como viaturas policiais, ambulâncias, entre outros.

O sistema foi lançado pelo governador, em maio. A economia virá pela troca de veículos próprios pelo GO Táxi, plataforma que inclui aplicativo para celular, site e central telefônica, e que permite que servidores utilizem táxis em seus deslocamentos durante o serviço. A estimativa é que essa determinação represente uma economia de até R$ 20 milhões em transporte para o Governo do Estado.

O sistema já é utilizado na Secretaria de Gestão e Planejamento e está sendo adotado por outros órgãos. Saneago e Goiás Turismo já deram início ao processo de contratação, que será centralizada pela Segplan.

No primeiro mês completo de uso do GO Táxi, a Segplan obteve uma economia de aproximadamente 36%. Em março, a secretaria gastou R$ 42.763,41 com transporte. O cálculo inclui o aluguel de veículos, combustível e exclui o salário dos motoristas.

Segundo o secretário de Gestão e Planejamento, Joaquim Mesquita, a redução foi possível graças à devolução de 11 carros alugados pela secretaria, consequente corte no gasto com combustível e compartilhamento de veículos. “O servidor não precisa ter um carro à sua disposição, mas, sim, agilidade em seus deslocamentos”, avalia.

Além da economia, a plataforma possibilita um controle maior na rotina de trabalho, pois todas as informações do transporte (como horário, itinerário e custo) ficam registradas em uma plataforma online. O gestor tem acesso a todos esses dados em tempo real e pode cancelar viagens que não tenham relação estrita com o trabalho.

Na oportunidade do lançamento, José Eliton(PSDB) determinou que os recursos economizados sejam investidos integralmente em ações de Segurança Pública e Saúde. O governador ressaltou, ainda, que o sistema valoriza e representa uma fonte de renda para os taxistas.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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