Governo estuda reocupação de territórios no Rio, determinada pelo STF, priorizando Zona Sudoeste: Rio das Pedras, Muzema e Gardênia Azul.

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O governo estuda iniciar a reocupação de território, determinada pelo STF, por zona sudoeste. Um documento entregue ao Conselho Nacional do Ministério Público aponta Rio das Pedras, Muzema e Gardênia Azul como prioridade na reocupação de territórios dominados pelo crime organizado.

O Governo do Estado do Rio de Janeiro concluiu parte das respostas às determinações do Supremo Tribunal Federal (STF) na ADPF 635, conhecida como ADPF das Favelas, e entregou um relatório ao Conselho Nacional do Ministério Público. O documento indica que a reocupação de territórios dominados por facções criminosas deve começar pela Zona Sudoeste, nas comunidades de Rio das Pedras, Muzema e Gardênia Azul, todas na região da Grande Jacarepaguá.

A Grande Jacarepaguá, onde vivem mais de 1,2 milhão de pessoas, segundo o IBGE, foi apontada pelas forças de segurança como uma área de baixa complexidade para ações policiais. O diagnóstico dividiu os territórios dominados pelo crime em três níveis: Alto, Médio e Baixo. Segundo o secretário executivo de Segurança Pública, a região está em disputa entre diferentes grupos criminosos.

De acordo com o relatório, a ocupação permanente começaria por Rio das Pedras, dominada por milicianos em parceria com o Terceiro Comando Puro, e Muzema e Gardênia Azul, controladas pelo Comando Vermelho. A Cidade de Deus também está no radar das autoridades, mas não será incluída nesta primeira fase.

A proposta de reocupação ainda precisa ser discutida com a Prefeitura do Rio e o Governo Federal, e depende da aprovação de um grupo de trabalho criado pelo STF. A reocupação visa reduzir a letalidade policial e aumentar a transparência das operações, cumprindo determinações do STF.

O coordenador do Núcleo de Urbanismo Social e Segurança Pública do Insper, Ricardo Balestreri, avalia que a retomada de territórios no Rio é inevitável, mas precisa ir além da presença policial. Segundo ele, segurança pública envolve não apenas a polícia, mas também a oferta de serviços como saúde, educação e infraestrutura.

Em suma, a reocupação de territórios dominados pelo crime organizado nas comunidades do Rio de Janeiro é uma medida necessária para garantir a segurança e o bem-estar da população local. A ação coordenada entre governo, autoridades e outros órgãos é essencial para o sucesso desse processo.

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