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Governo estuda trem bala que ligaria Goiânia a Brasília

Última atualização 17/05/2017 | 08:37

O Governo de Goiás continua os estudos sobre uma linha de trem bala que ligaria Goiânia a Brasília, conhecido como Expresso Pequi. O projeto despertou o interesse de um grupo de investidores formado por empresários coreanos, chineses e brasileiros, liderados pela A’REX, braço operador de um grupo de empresas coreanas que exploram uma linha de média velocidade ligando Seul aos aeroportos internacionais.

Em fevereiro deste ano, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) entregou para o governador o Estudo de Viabilidade Técnica Econômica e Ambiental (EVTEA) do Trem de Passageiros Goiânia-Brasília, que prevê investimento global da ordem de R$ 9,5 bilhões, dos quais R$ 7,5 bilhões pela iniciativa privada.

O governador considera que desde quando começou a ser estudado, o projeto recebido foi bastante aprimorado. A ANTT apresentou um cronograma de desembolso por parte dos estados e da União. O início desses desembolsos, segundo o governador, se daria após três anos do início da obra. Começa em R$ 6 milhões e aumenta gradativamente.

Alterações do plano original

O grupo Sistemas de Transportes Sustentáveis sugeriu alterações ao plano original apresentadas à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Entre as mudanças está a contrapartida do poder público, de R$ 2,9 bilhões diluídos em 30 anos, para um investimento total de aproximadamente R$ 8,9 bilhões, seja de R$ 130 milhões por 15 anos, e de R$ 30 milhões quando começarem as operações, totalizando quase R$ 2 bilhões. Os coreanos defendem ainda que o projeto só se viabiliza como uma parceria público-privada (PPP) e que, dificilmente, se sustentaria com o modelo de concessão pura.

O plano de investimento prevê um traçado de 186,68 quilômetros, tempo de viagem de 70 minutos, tarifas diferenciadas de R$ 100,00 (Brasília-Goiânia) e R$ 30,00 (Goiânia-Anápolis), além de frequência de composição a cada 15 minutos (4 a 5 composições por hora), velocidade de 250 Km/h (máxima) e concessão de 33 anos.

As projeções são de que a obra seja licitada no final deste ano ou no início de 2018, com previsão de operação em 36 meses. Outro ponto apresentado pelos investidores, para que o projeto tenha credibilidade, é criar mecanismos de proteção cambial. Nessa proposta, não haveria transporte de carga.

*Com informações do Gabinete de Imprensa do Governador