Governo faz licitação para construir mirante na Chapada dos Veadeiros

A Agência Estadual de Turismo (Goiás Turismo) lançou edital de licitação para que seja construído um mirante com vistas para o Jardim de Maytrea, na Chapada dos Veadeiros. O local fica às margens da GO-239, em Alto Paraíso de Goiás e é conhecido pela bela vista, além de ser considerado sagrado por alguns de seus visitantes.. A previsão é de que a obra esteja pronta em novembro.

A licitação será na modalidade tomada de preço e as empresas interessadas têm prazo de 15 dias para enviar propostas.

“Existem várias modalidades diferentes de licitação e a regra geral é o pregão, para que se encontre o menor preço. Apesar de ser mais rápido, não fizemos o pregão porque existem especificações técnicas das quais não podemos abrir mão. O modelo de tomada de preço é o meio termo, em que se analisa o preço e também a qualidade técnica das ofertas”, afirma o presidente da Goiás Turismo, Fabrício Amaral.

A Agência argumenta que o projeto pensado para a Chapada é sustentável e foi aprovado pelo Conselho Municipal de Turismo da prefeitura de Alto Paraíso de Goiás.

Custos e prazos

Projeto do mirante que será construído na Chapada. (Foto: Divulgação/Goiás Turismo)

A obra deve custar mais de R$ 262 mil. A verba foi adquirida por meio de emenda parlamentar do deputado federal Zacharias Calil (UB), segundo Amaral. “Paralelamente à obra do mirante, será feito um estacionamento para cerca de 20 carros ao lado. Esta segunda obra quem fará é a própria Goinfra [Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes], então não precisa de licitação”, afirma o presidente da Goiás Turismo.

A Agência estadual estima que, depois do processo de licitação ser concluído, a obra estará completa em 120 dias, ou seja, no mês de novembro. Já o estacionamento, deve levar mais tempo, segundo Amaral.

Chapada continua sem laudo geológico

No Brasil, não é obrigatório que áreas turísticas que recebem turistas, como a Chapada dos Veadeiros, tenham laudo geológico, tampouco é costume que eles sejam feitos. O assunto ganhou força quando, em janeiro, a queda de uma rocha matou dez pessoas em Capitólio (MG).

Em março deste ano, o presidente da Goiás Turismo disse ao Diário do Estado que havia planos de que um projeto piloto nacional fosse feito na Chapada. No entanto, segundo Amaral, em junho, ainda não há nada concreto.

“Estamos trabalhando em nível nacional, mas a CPRM [Serviço Geológico do Brasil] não tem braço para cuidar do Brasil todo, nem a Federal [Universidade Federal de Goiás]. Falta mão de obra especializada, mas isto está no nosso radar”, comenta.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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