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Governo federal dispensa ajuda humanitária da Argentina à Bahia

O Ministério das Relações Exteriores negou autorização de envio de ajuda humanitária do governo da Argentina às vítimas das enchentes na Bahia, segundo informações do governo do estado.

De acordo com o comunicado, o governo argentino se colocou em disposição a enviar imediatamente ao sul da Bahia ajuda de profissionais especializados nas áreas de água, saneamento, logística e apoio psicossocial para as vítimas dos estragos causados pelas fortes chuvas no estado.

O governo baiano informou que recebeu um documento do consulado argentino informando a decisão da União na noite desta quarta-feira (29). Na dispensa aos esforços, o governo brasileiro afirmou que a crise na Bahia está “sendo enfrentada com a mobilização interna de todos os recursos financeiros e de pessoal necessários”.

Segundo o governo da Bahia, ainda foi informado pelo Ministério das Relações Exteriores que na hipótese de agravamento da situação, requerendo-se necessidades suplementares de assistência, o Governo brasileiro poderá vir a aceitar a oferta argentina de apoio da Comissão dos Capacetes Brancos, cujos trabalhos são amplamente reconhecidos”.

Através das redes sociais, o governador Rui Costa (PT) agradeceu a ajuda do governo argentino e pediu celeridade do governo federal para autorizar a missão estrangeira. O governador ainda expressou gratidão ao embaixador Daniel Scioli e à presidente da comissão nacional dos Capacetes Brancos, a embaixadora Sabina Frederic, assim como ao cônsul-geral da Argentina na Bahia, Pablo Virasoro.

Mortos nas enchentes

O número de mortos em decorrência as enchentes que atingem várias regiões da Bahia subiu para 24, segundo informações da Superintendência de Proteção e Defesa Civil do estado (Sudec). Diante da crise, 15 estados e o Distrito Federal anunciaram o envio de ajuda para as cidades inundadas.

O número de desabrigados – pessoas que perderam seus imóveis e precisam de apoio do poder público – está em 37.324. Já o total de desalojados – que são pessoas que também perderam os imóveis, mas foram alocadas em casas de familiares – está em 53.934.

Ao todo, 629.398 pessoas foram afetadas pela chuva. O número de feridos subiu de 358 pessoas para 434. Até o momento, 136 cidades estão sob decreto de emergência.