O governo federal quitou um débito de quase R$ 40 milhões referente à energia do Sistema Itaparica, solucionando um impasse que preocupava irrigantes e lideranças da região. Produtores rurais e moradores do Projeto Irrigado Pontal expressaram sua insatisfação em Petrolina.
O pagamento do débito foi anunciado em comunicado oficial na quinta-feira (22), com a liberação de verbas para projetos de irrigação social. Os agricultores marcaram presença na Subestação Brigida, em Orocó, reivindicando suas demandas.
O Sistema Itaparica foi estabelecido na década de 1990 pela Chesf, abrigando famílias nos estados de Pernambuco e Bahia, sustentando dez projetos localizados em municípios como Belém do São Francisco, Floresta, Orocó, Santa Maria da Boa Vista e Petrolândia em Pernambuco, e Abaré e Curaçá na Bahia.
A dívida do Sistema Itaparica gerou apreensão entre irrigantes e lideranças da região nos últimos anos. Após protestos e reivindicações, a regularização dos débitos se tornou urgente para evitar a suspensão do fornecimento de eletricidade, impactando negativamente a produção agrícola e o abastecimento de água.
“Esta conquista é crucial para a região, que há décadas enfrenta desafios decorrentes do reassentamento, afetando diretamente nossa comunidade e nossos produtores”, destaca Edilazio Wanderley, superintendente da 3ª SR da Codevasf.
Os moradores do Sistema Itaparica também realizaram protestos temendo o corte de luz. A dívida, referente ao ano de 2024, impactaria o bombeamento de água para as comunidades e cerca de 60 mil pessoas dependeriam dessa energia.
Representantes do governo federal, governo de Pernambuco, Codevasf e do perímetro irrigado Sistema Itaparica se reuniram em Petrolina, buscando soluções para os problemas hídricos causados pela falta de energia. A mesa de diálogo abriu discussões sobre os desafios e perspectivas do sistema.
A regularização do débito da energia do Sistema Itaparica representa um passo importante para a região, solucionando questões históricas e garantindo a continuidade das atividades produtivas e o bem-estar das comunidades envolvidas. Este movimento positivo visa fortalecer a sustentabilidade dos projetos de irrigação da região.