Governo Federal recebe orientações da AGU sobre Emendas de Comissão: entenda o impasse e as medidas tomadas

O Governo Federal recebeu orientações da Advocacia-Geral da União (AGU) para não efetuar o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão. A AGU recomendou uma interpretação cautelosa da decisão do ministro Flávio Dino e sugeriu o bloqueio total desses recursos até que haja uma decisão judicial mais clara. O parecer da AGU, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), destaca a importância de não deixar “dúvidas” sobre o tema.

Flávio Dino, por sua vez, defendeu a transparência no uso dos recursos e pediu uma investigação policial federal sobre o assunto. Ele determinou a suspensão do pagamento dessas emendas e solicitou um parecer da AGU para esclarecer a situação. A resposta da AGU, publicada recentemente, ressalta a importância de seguir bloqueando esses recursos até que haja uma decisão judicial definitiva.

Embora haja incertezas em relação à interpretação da decisão do ministro, a AGU determinou que as emendas de comissão que não atendam aos requisitos de transparência previstos em lei continuem bloqueadas. A discussão sobre a abrangência dos empenhos das emendas ainda está em andamento, especialmente aquelas destinadas à área da Saúde.

As emendas de comissão são verbas previstas no Orçamento da União e são indicadas por deputados e senadores para serem utilizadas em obras e investimentos em suas bases eleitorais. A transparência nesse processo é fundamental para garantir o uso adequado do dinheiro público e fortalecer a política como instância essencial para a sociedade.

O embate entre os poderes Legislativo e Judiciário em relação às emendas se intensificou nos últimos meses, com o bloqueio do pagamento dos recursos e a exigência de mais transparência. A relação tensa entre os parlamentares e o governo em relação a esse tema foi acentuada, gerando impasses em relação a pautas importantes no Congresso.

A situação envolvendo as emendas de comissão segue em análise e a novela em torno desse tema deve continuar nos próximos meses. A determinação de Flávio Dino de suspender o pagamento dessas emendas e pedir uma investigação da Polícia Federal demonstra a importância de garantir a transparência e o correto uso desses recursos.

Agora cabe aguardar os desdobramentos desse caso e as decisões que serão tomadas pelas autoridades competentes. A transparência e a legalidade no uso do dinheiro público são fundamentais para assegurar a confiança da população nas instituições e no processo político como um todo.

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Bolsonaro pede passaporte ao STF para posse de Trump nos EUA

Trump: Bolsonaro envia documentos ao STF e pede passaporte para posse

Os advogados de Jair Bolsonaro pediram autorização ao ministro Alexandre de Moraes para que o ex-presidente possa ir à Whashington

Os advogados do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (DE) pediram ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para que ele possa viajar aos Estados Unidos e participar da posse do presidente eleito Donald Trump, em 20 de janeiro. Os defensores apresentaram ao Supremo o convite feito pela equipe de Trump a Bolsonaro, além do documento com o chamado do “The Hispanic Inaugural Committee” para que ele participe do baile oficial de posse hispânico, em 18 de janeiro.

O pedido de viagem, consequentemente, acarreta na entrega do passaporte de Bolsonaro, retido pela Polícia Federal, em operação que investiga suposta tentativa de Golpe de Estado. “Os aludidos convites representam não apenas uma deferência pessoal a Bolsonaro, mas também o reconhecimento da relevância de sua atuação no âmbito internacional, especialmente no fortalecimento de laços diplomáticos e na defesa dos valores democráticos e republicanos que unem as duas nações”, argumentam os defensores.

ENTENDA:

* O filho de Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro (DE), já havia adiantado que a defesa faria o pedido de liberação do passaporte para que o pai comparecesse à posse de Trump, após convite.
* Bolsonaro teve passaporte apreendido em operação da Polícia Federal que o investiga por suposta tentativa de golpe. Desde fevereiro de 2024, o ex-presidente está proibido de sair do país.
* Os advogados fizeram o pedido ao ministro Alexandre de Moraes, que é o relator do caso no STF.

Junto com o pedido, os defensores se comprometem a informar os passos de Bolsonaro para a viagem, como a apresentação de passagens com data de ida e de retorno para o exterior.

“Diante do exposto, requer-se, com o mais elevado respeito, a concessão da autorização – e a consequente entrega do passaporte – para, no período compreendido entre 17/01/2025 e 22/01/2025, realizar viagem aos Estados Unidos da América”, alegam.

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Nas peças, Bolsonaro apresentou os convites oficiais de ambos os eventos que pleiteia comparecer.

Recentemente, o ministro Alexandre de Moraes autorizou Bolsonaro a ir ao velório e à missa de sétimo dia da mãe de Valdemar Costa Neto e encontrar com o presidente nacional do PL. Eles estavam proibidos de se falar por ambos serem investigados no inquérito sobre possível golpe de estado em 2022.

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