Governo Federal se desculpa oficialmente por escravização das pessoas negras – Em evento, AGU destaca combate à discriminação racial

Diário do Estado pede desculpas oficiais pela escravização das pessoas negras

AGU Jorge Messias ressaltou o combate à discriminação racial e a necessidade de promover a emancipação das pessoas negras brasileiras

O governo federal, em nome do Estado brasileiro, pediu publicamente desculpas à população negra pelo passado de escravização das pessoas negras e seus impactos. A mensagem também destaca a urgência de combater a discriminação racial em todo o país.

“A União manifesta publicamente o pedido de desculpas pela escravização das pessoas negras, bem como de seus efeitos. Reconhece que é necessário envidar esforços para combater a discriminação racial e promover a emancipação das pessoas negras brasileiras. Por fim, compromete-se a potencializar o foco de criação de políticas públicas com essa finalidade”, afirma o pedido de desculpas proferido pelo advogado-geral da União, Jorge Messias, em evento na quinta-feira (21/11), em Brasília.

Durante o evento, a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, enfatizou a batalha da população negra por liberdade, igualdade e conquista de direitos. Para ela, o reconhecimento é fruto da luta contínua e das ações efetivas de diversos membros do movimento negro.

“Nessa caminhada de luta, que é abolicionista, em que lutamos e continuamos lutando pela liberdade, estamos construindo passos muito significativos a cada dia. A memória de mais de 300 anos de escravidão não termina em 13 de maio, pois em 14 de maio começamos com o total abandono da população negra no país”, ressaltou.

MARIELLE

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, prestou homenagem à memória de sua irmã, a vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018.

“Além do pedido de desculpas, em 2024 tivemos a condenação dos assassinos de minha irmã. Não é normal lidar diariamente com essas tragédias e dores. São desafios enormes, por isso é crucial pensar em um trabalho coletivo concreto,” afirmou.

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Deputada Zambelli alega atenuante em caso de sacar arma no STF em 2022

Zambelli aposta em atenuante no caso em que sacou arma para homem

A deputada Carla Zambelli vê um atenuante a seu favor no caso em que é ré no STF
por sacar uma arma e perseguir um homem em 2022

A deputada Carla Zambelli (PL-SP) aposta em um atenuante a seu favor no processo em que é ré no STF por sacar uma arma e ameaçar um homem negro em São Paulo, na véspera do segundo turno das eleições de 2022.

Ao Supremo, a defesa de Zambelli alegou que, um dia antes de ser provocada pelo jornalista Luan Araújo na região dos Jardins, bairro nobre da capital paulista, ela teve seu número de celular vazado nas redes sociais.

Para aliados, Zambelli lembrou que teve celular vazado um dia antes de sacar a arma. O argumento da deputada é de que, com o vazamento, ela recebeu ameaças em seus aplicativos de mensagens. Por isso, estaria temerosa e acabou tomando a atitude de sacar a arma como forma de defesa.

Na ocasião, o jornalista, que se declarava como eleitor de Lula, provocou Zambelli no meio da rua. A deputada, que é CAC, acabou sacando uma pistola e encurralou o homem dentro de um comércio.

Em agosto de 2023, a maioria dos ministros do STF decidiu tornar Zambelli ré por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento com uso de arma. O caso está nas mãos do ministro Gilmar Mendes e corre em segredo de Justiça.

Em junho de 2024, Gilmar determinou um novo depoimento de Zambelli à Polícia Federal sobre o caso. A última movimentação do processo, de acordo com informações do Supremo, ocorreu em outubro de 2024.

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