Governo Federal volta atrás e diz que distribuíra absorventes higiênicos

Governo Bolsonaro distribuirá absorventes.Foto Divulgação

Após o veto do presidente Bolsonaro na distribuição de absorventes menstruais,  governo volta atrás e garante que, agora, vai viabilizar a aplicação do projeto que prevê a distribuição gratuita dos itens.

O caso virou polêmica nos últimos dias. A nova lei foi vetada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na última semana e previa a entrega gratuita de produtos para cuidados básicos de saúde menstrual.

A decisão exclui o trecho onde existe a previsão de que o item seja distribuído sem custos a estudantes de baixa renda de escolas públicas e mulheres em situação de rua ou de vulnerabilidade extrema.

Nas redes sociais, a Secom (Secretaria de Comunicação do Governo) garantiu que ‘‘Apesar de os vetos, o Governo Federal irá trabalhar para viabilizar a aplicação dessa medida, respeitando as leis que envolvem o tema, para atender de forma adequada as necessidades dessa população”.

Versão vetada

A Secretaria argumentou que os pontos vetados por Bolsonaro apresentavam ”problemas técnicos e jurídicos” e também de aplicação. Se o projeto fosse levado adiante, ”poderia haver implicações negativas para o presidente porque, entre outros problemas, o projeto indicava uma fonte apropriada para a criação da nova despesa, contrariando o que exigem as Leis de Responsabilidade e de Diretrizes Orçamentárias”.

O texto original previa que os recursos financeiros para o programa saíssem do SUS (Sistema Único de Saúde) e do Fundo Penitenciário Nacional. O governo, no entanto, entende que ambos não poderiam atender à proposta.

O projeto

O Projeto de Lei 4968/19 cria um programa de distribuição gratuita de absorventes higiênicos para todas as alunas das escolas públicas de nível fundamental e médio, por meio de cotas mensais.

Conforme a proposta, o programa será financiado pelo Ministério da Saúde e será implementado mediante a adesão dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.

Apresentada pela deputada Marília Arraes (PT-PE), a proposta está em análise na Câmara dos Deputados. A deputada quer combater a falta de acesso a absorventes ou a falta de recursos que possibilitem a aquisição dos produtos. Além disso, tenta reduzir as faltas em dias letivos de educandas em período menstrual.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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