Governo indica bloqueio de verbas do Orçamento para atingir déficit zero: analistas preveem contingenciamento de até R$35 bi

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Sem novas medidas fiscais, governo indica que vai bloquear e contingenciar mais verba do Orçamento para atingir déficit zero

Equipe econômica de Lula promete afiar a tesoura neste ano para cumprir meta fiscal. Analistas avaliam que o governo pode fazer uma retenção de gastos entre R$ 30 bilhões e R$ 35 bilhões

1 de 1 Lula e Haddad conversando durante evento. — Foto: Getty Images via BBC

Diante da ausência de novas medidas fiscais, já anunciada pelo próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a saída do Ministério da Fazenda para cumprir a meta fiscal deste ano será bloquear e contingenciar mais verbas do Orçamento da União.

Analistas avaliam que o governo pode fazer uma retenção de gastos, entre bloqueio e contingenciamento, entre R$ 30 bilhões e R$ 35 bilhões, talvez no mês de março.

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Será a forma de sinalizar ao mercado que vai manter a austeridade fiscal e não admitirá novos gastos neste ano.

Na avaliação da equipe econômica, essa será a contribuição para ajudar o Banco Central no combate à inflação, que começou o ano pressionada.

O Banco Central já está prevendo que a meta de inflação não será cumprida em junho, com a inflação ficando acima de 4,5% neste primeiro semestre.

Nesta quarta-feira (5), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem encontro com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, para apresentar a agenda econômica deste ano do governo Lula.

Motta já disse que vai dar prioridade à agenda econômica, mas defende que o governo apresente também propostas de corte de gastos, citando entre elas a reforma administrativa.

Motta tem dito que o Congresso já apoiou o governo na aprovação de medidas de aumento de receitas e que, agora, o tempo é de redução de despesas.

Na lista do ministro, há algumas propostas que visam corte de gastos, como a reforma da Previdência dos militares e a limitação dos supersalários.

A lista que Haddad levará tem 25 itens, entre medidas em elaboração e outras já em andamento no Congresso.

Na semana que vem, Haddad irá levar a mesma agenda para o novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre.

O senador já prometeu a Haddad priorizar o debate e votações no Senado da agenda econômica para garantir estabilidade fiscal e ajudar no combate à inflação.

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