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Governo Lula quer melhorar internet para mais pobres

Última atualização 10/12/2022 | 16:29

A equipe de transição do governo Lula quer propor ao presidente eleito um programa para facilitar o acesso da internet para a população mais carente. A ideia é oferecer a tecnologia por uma cobrança simbólica mensal. A criação da modalidade foi um pedido do próprio petista para o eixo de Comunicação do grupo responsável pela avaliação da área. O projeto deve ser entregue a ele ainda neste domingo, 11.

 

“O presidente Lula pediu um ‘Luz para Todos’ para internet e, após diagnóstico do grupo de trabalho, chegamos à conclusão de que a prioridade é baratear o acesso por banda larga, já que muitas pessoas não estão conectadas por causa do preço”, afirma coordenador do grupo de trabalho de Comunicação e ex-ministro das Comunicações e do Planejamento, Paulo Bernardo.

 

Criado em 2004, no primeiro mandato de Lula como presidente, o “Luz para Todos” democratizou o acesso à rede elétrica  com a expansão da infraestrutura necessária no País. O programa no estilo “bolsa internet” seria voltado para famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). Assim como o serviço de energia elétrica, a  conexão deve ter o custo reduzido. 

 

O feito deve ser alcançado por meio da desoneração de impostos sobre o serviço ou por meio de bônus que viriam com o Bolsa Família. A estimativa é que somente 20% da população brasileira tem internet de qualidade no Brasil, de acordo com o levantamento do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e do Instituto Locomotiva relativo a novembro de 2021.

 

As organizações revelam que 90% dos usuários de internet das classes C, D e E  conseguem ter acesso somente à tecnologia 3G e 4G através de planos pré-pagos (58%) e planos controle (29%), que interrompem a conexão com o fim do limite contratado com a operadora de telefonia. O projeto deve incluir também investimento em infraestrutura para conectar zonas rurais e áreas remotas com banda larga e satélite, expansão de acesso nas escolas e adesão de pequenos provedores de banda larga.

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