Governo Lula tem 27% de ministros negros ou pardos; Bolsonaro tinha 4,3%

Governo Lula tem 27% de ministros negros; Bolsonaro tinha 8,6%

No terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, o atual presidente dividiu pastas que haviam sido unificadas e aumentou a quantidade de ministros que vão compor o novo governo. Proporcionalmente, o petista aumentou também a representatividade negra, chegando a 27% do total. Na era Bolsonaro, a porcentagem era de 4,3% no início do mandato.

A quantidade de ministros negros

No início do governo Bolsonaro, o ex-presidente escolheu 23 ministros. Desses, apenas um (4,34%) se autodeclarava como pardo: Wagner de Campos Rosário, na pasta da Controladoria-Geral da União, remanescente do governo Temer.

Posteriormente, em 2020, Jair Bolsonaro escolheu Carlos Decotelli para comandar o Ministério da Educação. Ele foi o primeiro ministro negro daquele governo. Contudo, Decotelli ocupou o cargo por apenas cinco dias, caindo antes mesmo da posse após descobertas de fraudes no currículo. De qualquer forma, o que conta nessa lista é o panorama do início dos respectivos governos.

Na nova administração de Lula, o petista aumentou a quantidade total para 37 ministros. Dentro desse número, 10 (27,02%) se autodeclaram como negros ou pardos. Assim, considerando os começos dos dois governos, o de Lula tem 22,68% a mais de ministros negros ou pardos do que o de Bolsonaro.

No terceiro governo Lula, os ministros negros ou pardos são: Anielle Franco, da Igualdade Racial; Luciana Santos, da Ciência e Tecnologia; Margareth Menezes, da Cultura; Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança do Clima; Silvio Almeida, dos Direitos Humanos; Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública; Juscelino Filho, das Comunicações; Rui Costa, da Casa Civil; Carlos Lupi, da Previdência Social; e Waldez Góes, da Integração e Desenvolvimento Regional.

Em toda a história da redemocratização brasileira, o País teve somente 26 ministros negros ou pardos: 15 nos três governos de Lula (até aqui), 5 nos governos de Dilma, 3 no de Temer, 2 no de Bolsonaro e 1 nos governos de FHC. As administrações de Collor e Itamar Franco só contaram com ministros brancos.

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STF rejeita queixa de Michelle Bolsonaro contra Erika Hilton

Nesta quinta-feira, 26, o Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma decisão significativa, rejeitando a queixa apresentada por Michelle Bolsonaro contra a deputada federal Erika Hilton. A queixa foi motivada por um comentário feito por Erika Hilton em março, que criticava a entrega do título de cidadã paulistana à ex-primeira-dama.

A decisão do STF mantém a imunidade parlamentar de Erika Hilton, protegendo-a de processos judiciais por declarações feitas no exercício de seu mandato. Essa imunidade é uma garantia constitucional para os parlamentares, permitindo-lhes expressar suas opiniões sem medo de represálias legais.

Acusações

Michelle Bolsonaro havia acusado Erika Hilton de injúria e difamação, alegando que as declarações da deputada a ofenderam. A ex-primeira dama pedia uma indenização de R$ 15 mil pelos comentários feitos pela parlamentar em março deste ano.

Na época, a psolista escreveu: “Não dá nem para homenagear Michelle Bolsonaro por nunca ter sumido com o cachorro de outra família porque literalmente até isso ela fez”. O comentário se refere ao caso do animal adotado pela ex-primeira-dama em 2020 que já tinha dono.

No entanto, o STF considerou que as afirmações de Erika Hilton estavam cobertas pela imunidade parlamentar, o que a isenta de responsabilidade legal por essas declarações.

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