Última atualização 26/05/2017 | 17:39
O ministro da Justiça, Osmar Serraglio, disse hoje (26) já ter pedido à Polícia Federal que investigue a atuação dos envolvidos em atos de vandalismo, praticados durante a manifestação Ocupa Brasília, na última quarta-feira (24). Após reunião com o presidente Michel Temer, ele e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sérgio Etchegoyen, comentaram o caso, mas evitaram falar sobre o uso excessivo de violência da polícia contra os demais manifestantes.
“Pedimos a investigação da PF em relação à responsabilização dos vândalos. Evidentemente nós apoiamos, prestigiamos e protegemos a manifestação publica. Agora uma coisa é uma manifestação ordeira, democrática. Outra coisa é esse vandalismo. Evidentemente precisamos identificar quem coordena e, se possível, levar a responsabilização aos tribunais”, disse o ministro da Justiça.
O general Etchegoyen disse que os envolvidos nos atos de vandalismo são criminosos e devem ser tratados como tal. “Eu não os chamo de grupos radicais. Eu os chamo de vândalos; de criminosos. É um pouquinho diferente de grupos radicais. Os radicais são pessoas com quem se pode conversar. Neste caso, não são pessoas com quem se pode conversar. São posições criminosas”, disse o general.
Ao ser questionado sobre o uso de bombas e armas letais contra manifestantes que não estavam praticando vandalismo e contra jornalistas, Etchegoyen respondeu: “meu amigo, eu acho que polícia jogar bomba em manifestantes em geral é uma visão um tanto quanto unilateral do problema e uma consequência que não faz parte da nossa discussão hoje”.
Violência no Rio
Durante a reunião com o presidente Temer, os ministros apresentaram detalhes sobre o Plano Nacional de Segurança Pública para o Rio de Janeiro. A ideia é identificar de que maneira a União pode dar apoio no combate ao crime organizado no estado. Segundo o general Etchegoyen, a estrutura de inteligência usada nos Jogos Olímpicos será aproveitada.
“A estrutura de inteligência foi mantida desde então. Nós intensificamos ações integrando inteligência e segurança pública e, se necessário, da Defesa e de associações sociais que possam devolver para a população as áreas dominadas pelo tráfico e pelo crime organizado”, disse ele. “E a partir de agora vamos seguir com as atividades de Inteligência do Sisbin [Sistema Brasileiro de Inteligência], que são a matéria-prima para ações repressivas”, completou.
Fonte: Agência Brasil