Governo quer levar programas assistenciais a moradores do Caminho de Cora

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds), conclui, neste mês, levantamento de informações socioassistenciais das famílias residentes no Caminho de Cora, dentro do projeto Missão Cora. Coordenada pelo Goiás Social, a ação envolve várias secretarias do Estado e faz um diagnóstico das demandas dos moradores de oito municípios localizados ao longo dos 300 quilômetros de extensão da rota turística.

Ao todo, 55 residências receberam a equipe da Seds. Entre os dados coletados, estão informações sobre número de pessoas que compõem cada família pesquisada; existência de pessoa com deficiência; renda familiar; tipo de habitação (própria, alugada, cedida ou financiada); acesso à energia elétrica e à água tratada. Também é observado se a família atende aos critérios de programas sociais como Bolsa Família, Criança Feliz, Mães de Goiás, Aprendiz do Futuro, Passaporte do Idoso e Cartão de Identificação da Pessoa Autista.

O trabalho começou por Corumbá e foi concluído na Cidade de Goiás, passando por Cocalzinho, Pirenópolis, São Francisco, Jaraguá, Itaguarí e Itaberaí. Os servidores ainda passaram pelos povoados e distritos que compõem o Caminho de Cora, incluindo fazendas. A moradora de Alveolândia, distrito de Jaraguá, Ana Maria Vieira de Castro, respondeu ao questionário na última semana. “Essa vinda do pessoal do governo para saber o que precisamos é muito valiosa”, declarou.

De acordo com o secretário Wellington Matos, com o levantamento em mãos, o Governo de Goiás poderá definir estratégias para levar à região serviços de Registro Civil, para a emissão de documentos, e viabilizar o acesso a programas e benefícios, conforme critérios de atendimento das famílias. “Ao viabilizar melhores condições de vida a essas pessoas, isso certamente refletirá em melhorias para o turismo praticado nessa rota”, avalia Matos.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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