Governo quer reabrir acordo de dívidas para estudantes do Fies

O governo analisa reabir a chance de negociação, com desconto de até 99%, das dívidas dos estudantes inadimplentes com o Fundo Financiamento Estudantil (Fies).

O acordo valerá para quem tem débitos vencidos e não pagos em 30 de junho deste ano, de acordo com a nota de uma medida provisória em análise no governo e adquirido pelo portal CNN.

De acordo com os dados do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), no presente, as parcelas em atraso do finaciamento de cursos universitários resultam em um pouco mais de R$ 11 bilhões.

Em 2022, no governo do ex-presidente, Jair Bolsonaro, já possuia em aberto uma negociamento que era válido para dívidas vencidas em 30 de dezembro de 2021.

Segundo a prévia de um documento do Ministério Público, realizada pelo Ministério da Educação e ainda inconcluso de aval de outras campos do governo, estudantes do programa que estão com dívias pendentes com mais de 90 dias com bancos e instituições financeiras poderão pagar o débito com 12% de desconto, caso seja à vista. Caso o estudante optar por pagar parcelado, poderá dividir em 150 parcelas, com “perdão” total de multas e juros.

Se a conta tiver mais de 360 dias em aberto, o desconto poderá alcançar a 99% do valor fixo, desde que os alunos tenha recebido auxílio emergencial em 2021 ou estejam cadastrados em programas sociais (CadÚnico). Já para os estudantes que possuem dívidas longas, mas não estejam cadastrados no CadÚnico, o desconto ser até de 77%.

Cotas

O documento determina que o Ministério da Educação poderá abrir medias específicas.

As cotas valerá para estudantes pobres, com renda per-capita de 0,5 salário mínimo, além de estudantes negros, indígenas, com deficiência e que tenham estudados integralmente o ensino médio em médio em escolas públicas. Além dos resultados do Exame Ncional do Ensino Médio (Enem).

Não possui ainda uma determinação, no governo, as alterações serão levadas ao Congresso Nacional por medida provisória ou projeto de lei.

A minuta está sendo discuitida pelo MEC juntamente com o Ministro da Fazenda e outras pastas. Mas não chegou ainda, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Lula visita assentamento Olga Benário após ataque que deixou mortos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou em contato com a Direção Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) neste sábado, 11 de janeiro, para expressar solidariedade às vítimas do ataque que ocorreu no assentamento Olga Benário, em Tremembé, São Paulo.

Três pessoas morreram e outras cinco ficaram feridas no ataque, que aconteceu na noite de sexta-feira, 10 de janeiro. Lula afirmou que a Presidência da República acompanhará de perto as investigações e pretende visitar o local assim que tiver condições de viajar de avião.

Compromisso com a investigação

Segundo o MST, o presidente anunciou o deslocamento da Polícia Federal (PF) para investigar o crime e garantiu o compromisso do governo com a proteção das famílias do assentamento. A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Maria Evaristo dos Santos, deve chegar ao local entre hoje e amanhã para acompanhar a situação.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou, na tarde deste sábado,11, que a PF instaure um inquérito para apurar os fatos. Uma equipe composta por agentes, peritos e papiloscopistas já foi enviada ao assentamento. O ministro em exercício, Manoel Carlos de Almeida Neto, afirmou que o ataque representa uma violação aos direitos humanos das famílias residentes.

Vítimas do ataque

O ataque ao assentamento envolveu cinco carros e três motos, cujos ocupantes dispararam contra os moradores por volta das 23h. Valdir do Nascimento de Jesus, de 52 anos, e Gleison Barbosa de Carvalho, de 28 anos, morreram no local. Denis Carvalho, de 29 anos, que havia sido hospitalizado em estado grave, não resistiu aos ferimentos e morreu neste sábado. Outros cinco moradores, entre homens e mulheres, seguem internados.

O assentamento Olga Benário é regularizado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) há cerca de 20 anos e abriga cerca de 45 famílias. A Polícia Civil de Tremembé investiga o caso como homicídio e tentativa de homicídio. Um suspeito foi preso.

O MST informou que o velório das vítimas está previsto para ocorrer neste domingo, 12 de janeiro, pela manhã, assim que os corpos forem liberados pelo Instituto Médico Legal (IML). Lula classificou a visita ao assentamento como uma prioridade para reforçar o compromisso do governo com os direitos humanos e a proteção das famílias rurais.

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