Governo retoma programa Goiás Sem Fronteiras

Um programa de caráter social, que visa proporcionar educação, capacitação científica, tecnológica, profissional e de inovação, por meio da concessão de bolsas de estudo, imersão, vivência e intercâmbio internacional para os estudantes de Goiás. Essa é a definição do Programa Goiás Sem Fronteiras (PGSF), do Governo de Goiás, que pretende enviar, em julho deste ano, 450 estudantes para cursos de formação e capacitação no exterior. A participação do estudante no Programa não poderá exceder dois anos.

Gerenciado pela Secretaria de Governo (Segov), Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação (SED) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), o programa tem como objetivo fomentar o desenvolvimento da capacidade de liderança, espírito de cooperação, empreendedorismo, cidadania e protagonismo juvenil.

Com esta ação, o Governo de Goiás quer também investir na qualificação/formação de recursos humanos em todas as áreas do conhecimento, preferencialmente em áreas estratégicas para o desenvolvimento sustentável do Estado. Quer ainda contribuir com o setor empresarial e a gestão pública por meio da formação de jovens para o conhecimento científico, intelectual, cultural, criativo, tecnológico, profissional e de inovação, ampliando as condições gerais de competitividade global da região.

Para o superintendente da Juventude da Segov, Leonardo Felipe, o Goiás Sem Fronteiras marca uma etapa de grande transformação. “ Os critérios do Programa levam em conta a vulnerabilidade econômica e social do bolsista. Queremos dar oportunidade a pessoas que dificilmente conseguiriam fazer um curso em uma boa e grande instituição no exterior. O Programa visa formar e preparar melhor os goianos”, ressalta

RECURSOS E EDITAIS
O Goiás Sem Fronteiras, que ainda precisa ser aprovado pela Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), deve contar com recursos de R$ 8 milhões para sua execução. Após aprovação, serão elaborados e lançados os editais para a inscrição de interessados em estudar no exterior.

Para a execução do PGSF serão firmados convênios, acordos de cooperação, ajustes ou outros instrumentos congêneres, com órgãos e entidades da administração pública de qualquer ente da federação, com organizações internacionais, com governos estrangeiros, bem como com instituições públicas e privadas de ensino localizadas em outros países, ou instituições sem fins lucrativos.

VAGAS
A gestão e oferta de vagas ou lançamento de editais é de competência da Segov, em parceria com a SED e a Fapeg. Leonardo Felipe informa que o Goiás Sem Fronteiras terá vagas ofertadas a cada ano preferencialmente para estudantes de ensino médio, estudantes de ensino superior, estudantes de pós-graduação stricto sensu, pesquisadores em estágio pós doutoral, pessoas com iniciativas empreendedoras e de inovação e pesquisadores visitantes.

“Cada órgão gestor do Programa Goiás Sem Fronteiras, Segov, SED e Fapeg, terá 150 bolsas. A Segov ficará com os estudantes de ensino médio para intercâmbio de curta duração; a SED, com os que tem perfil empreendedor e a Fapeg com os que vão fazer mestrado e doutorado. Para cada grupo de 10 alunos que a Segov enviar, haverá um monitor responsável”, explica.

DESPESAS E CONTRAPARTIDA
Importante ressaltar que o Goiás Sem Fronteiras terá custo zero para o bolsista selecionado. Ao Programa caberão despesas que podem incluir gastos com custeio, passagens aéreas, apólice de seguro-saúde internacional com cobertura para todo o período de permanência no exterior, vistos e passaportes, quando necessários, hospedagem durante o período de realização do curso e custos referentes aos cursos junto às instituições de ensino de excelência selecionadas.

Também ficarão sob a responsabilidade do PGSF despesas com material de apoio às atividades decorrentes do curso, bem como outras despesas necessárias para a operacionalização do Programa. É importante ressaltar a existência de Bolsa-Auxílio, para pagamento de alimentação, transporte e demais despesas pessoais do bolsista, monitores e coordenadores do programa.

Segundo o superintendente Leonardo Felipe, serão criados mecanismos de contrapartida para os beneficiários por meio de palestras, mini-cursos, ou outra forma de transferência do conhecimento adquirido. Essa contrapartida será estipulada pelo regulamento do PGSF.

GOVERNO DIVULGA O PGSF E BUSCA PARCERIAS
Em suas missões ao exterior o governador Marconi Perillo tem explicado o que é o Programa Goiás Sem Fronteiras, seus objetivos e a importância de parcerias para sua execução. Em fevereiro de 2016, o governador apresentou o Programa em Sydney, na Austrália.

Na oportunidade, Marconi explicou que o Goiás Sem Fronteiras é um programa que visa proporcionar aos alunos de graduação e pós-graduação a oportunidade de fazer um intercâmbio com universidades que são referência no mundo, em áreas que são estratégicas para Goiás. Além disso, apresentou as potencialidad

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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