Governo Trump suspende vistos estudantis e avalia monitoramento de redes sociais

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O governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, determinou nesta terça-feira, 27, a suspensão temporária na concessão de vistos para estudantes estrangeiros. Além disso, a administração avalia a possibilidade de exigir uma verificação mais rigorosa das redes sociais de candidatos que desejam estudar no país.

De acordo com o site Politico, o Departamento de Estado norte-americano suspendeu indefinidamente as entrevistas para o visto F-1, destinado a estudantes internacionais. A decisão afeta diretamente instituições como Harvard e Yale, que anunciaram a paralisação das entrevistas com novos candidatos estrangeiros.

A medida foi tomada enquanto o governo analisa se passará a exigir que todos os solicitantes de visto passem por uma checagem de suas atividades em redes sociais. Até que haja uma definição, todos os consulados dos EUA foram orientados a suspender as entrevistas para a concessão dos vistos estudantis até novo aviso. As entrevistas são uma das etapas finais do processo de obtenção do visto F-1.

Até o momento, a administração Trump não se manifestou publicamente sobre a decisão.

Essa nova diretriz representa mais um episódio de atrito entre o governo Trump e o meio acadêmico internacional. Recentemente, a Universidade de Harvard foi alvo de restrições que proibiam a presença de alunos estrangeiros, após a instituição se recusar a adotar medidas exigidas pela Casa Branca. A decisão foi posteriormente revertida pelo Tribunal Federal de Boston, que atendeu a uma queixa apresentada pela universidade.

A questão do monitoramento das redes sociais também tem ganhado destaque. No início do ano, o Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA (USCIS) propôs regras mais rígidas para a triagem de imigrantes em processos de cidadania, Green Card e pedidos de asilo. As mudanças fazem parte da Ordem Executiva 14161, assinada por Trump em janeiro.

Segundo o governo, o objetivo é reforçar a segurança nacional e combater fraudes. No entanto, especialistas alertam para os riscos à privacidade, à liberdade de expressão e para possíveis excessos da política migratória.

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