Grafiteiro faz mural de Fernanda Torres: “É gente da gente”
Filipe Hart fez arte da atriz em parede da Casa Verso em Porto Alegre
Brasileiros por todo o país (e até fora) estão na expectativa pelo desempenho de “Ainda Estou Aqui” no Oscar, que acontece no próximo domingo (2). Apesar da atriz Fernanda Torres ter dito que “não é para ter clima de Copa do Mundo”, as pessoas estão pintando as ruas assim como na época do campeonato.
Um caso é o do grafiteiro Filipe Hart. Ele ilustrou o momento em que Torres ganhou o Globo de Ouro por “Ainda Estou Aqui”, na premiação que ocorreu em 5 de janeiro. A arte foi feita em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e compartilhada no perfil de Hart no Instagram.
“Nessa parede onde eu fiz a Fernanda Torres já tinha uma arte minha que havia sido censurada”, explicou ele à CNN. “Então, com o passar do tempo, a parede já foi alvo de vários manifestos e eu propus retomar o meu espaço como artista ali e pintar a Fernanda. Levei essa ideia para o espaço Casa Verso e eles complementaram com a ideia de colocar a frase ‘Ditadura Nunca Mais’.”
Hart ainda falou sobre a vontade de ampliar a arte: “Quem sabe a gente amplie a arte e mostre também cenas do nosso cinema brasileiro, que é um projeto que eu tenho e mostrar pro mundo o que é daqui”.
“AINDA ESTOU AQUI” E A EXPECTATIVA PELO OSCAR
O filme brasileiro dirigido por Walter Salles fez história ao receber a indicação de Melhor Filme no Oscar, que é considerado a principal premiação do cinema, além de ser indicado nas categorias de Melhor Filme Internacional e de Melhor Atriz, pelo trabalho de Fernanda Torres.
A cerimônia da 97ª edição do Oscar está marcada para 2 de março em Los Angeles, nos Estados Unidos. Confira a lista completa de indicados aqui.
Estrelado Torres e Selton Mello, o filme representante do Brasil na premiação é baseado no livro de mesmo nome escrito por Marcelo Rubens Paiva. O enredo conta a história da família do escritor.
Durante a Ditadura Militar, a força repressiva levou o pai Rubens Paiva para interrogatório, causando um sumiço forçado.
Eunice Paiva, interpretada por Torres, então se dedica a descobrir o que aconteceu com o marido e se torna um dos maiores símbolos de luta pela memória dos familiares dos desaparecidos políticos da Ditadura Militar. Mais tarde, ela se forma em direito e se torna um dos nomes mais importantes de direitos indígenas no país.