Grávida morre após tiroteio em comunidade do Rio de Janeiro

Grávida morre após tiroteio em comunidade do Rio de Janeiro

Uma jovem negra de 25 anos morreu após ser baleada durante um confronto entre policias militares e traficantes na comunidade do Barro Vermelho, na Zona Norte do Rio de Janeiro, na noite da última terça-feira (8). Kathlen de Oliveira Romeo estava grávida de 14 semanas do primeiro filho.

De acordo com a Polícia Militar, os agentes prestaram socorro a vítima e a levaram ao Hospital Municipal Salgado Filho, na região da comunidade. A corporação afirmou que o início do confronto ocorreu quando policias da Unidade de Polícia Pacificadora do Lins foram atacados a tiros por traficantes da região.

Ao site UOL, familiares da vítima contaram como a família ficou desesperada durante o tiroteio e como Kathlen era querida por todos.

”Ela foi criada em favela, mas trabalhava, era formada. Eu perdi minha neta nesse tiroteio bárbaro que a gente não tem culpa alguma”, disse a mulher que se identificou como avó da vítima.

A Secretaria Municipal da Saúde do Rio de Janeiro afirmou que ”a gestante faleceu logo após chegar ao Hospital Municipal Salgado”. A PM afirmou que, após encontrar a jovem baleada, “buscas foram realizadas na região e os agentes apreenderam um carregador de fuzil, munições de calibre 9mm e drogas”. Os moradores da comunidade fizeram protesto pela morte da jovem e interditaram a estrada de Grajaú-Jacarepaguá durante três horas.

Kathlen, que era designer de interiores e vendedora de uma loja de roupa, celebrava a alegria de está grávida pelas redes sociais há uma semana.

“Hoje estou escrevendo esse texto me sentindo muito feliz e preenchida. Obrigada, senhor, por abençoar meu ventre e me permitir gerar o amor da minha vida. Neném, já me sinto pronta pra te receber, te amar e cuidar! Deus nos abençoe”, escreveu.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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