Green Day no The Town: Setlist completo e críticas ao sonho americano

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Setlist do Green Day no The Town: veja como pode ser show da banda

Grupo se apresenta pela quinta vez no Brasil neste domingo (7) no festival The Town, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.

DE: Como banda destrói o sonho americano

DE: Como banda destrói o sonho americano

O Green Day fecha o segundo dia de The Town, festival que acontece no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. O trio americano é a atração principal deste domingo (7) que tem ainda Iggy Pop, Bad Religion e Bruce Dickinson.

POSSÍVEL SETLIST DO GREEN DAY NO THE TOWN

1. American Idiot
2. Holiday
3. Know Your Enemy
4. Boulevard of Broken Dreams
5. One Eyed Bastard
6. Fuck Off
7. Longview
8. Welcome to Paradise
9. Hitchin’ a Ride
10. Youngblood
11. Brain Stew
12. St. Jimmy
13. Dilemma
14. 21 Guns
15. Minority
16. Basket Case
17. When I Come Around
18. Letterbomb
19. Wake Me Up When September Ends
20. Jesus of Suburbia
21. Saviors
22. Bobby Sox
23. Good Riddance (Time of Your Life)

COMO GREEN DAY DESTRÓI O SONHO AMERICANO EM MÚSICAS DE DEBOCHE E REVOLTA?

Com quase 40 anos de carreira, Green Day é uma das bandas mais influentes do pop punk. No dia 7 de setembro, o grupo se apresentará pela quinta vez no Brasil — desta vez no festival The Town, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.

A banda traz ao país a turnê “Saviors”, focada em seu último álbum. Lançado em 2024, o disco é marcado por fortes críticas sociais e políticas — entre elas, a aversão ao chamado sonho americano. Difundido há décadas, o conceito pinta os Estados Unidos como a terra das oportunidades, onde qualquer pessoa pode prosperar, independentemente da origem ou da classe social.

Mas “Saviors” não é o único álbum em que Green Day faz chacota do sonho americano. Na verdade, os músicos debocham do conceito há bastante tempo. Veja a seguir cinco músicas desse tipo lançadas pelo grupo.

THE AMERICAN DREAM IS KILLING ME

A música “The American Dream Is Killing Me” retrata os Estados Unidos em meio ao caos. A letra aborda temas como desigualdade social, desemprego, falta de moradia, violência e ganância.

No clipe, os artistas aparecem caracterizados como zumbis ao som de versos como: “Quem precisa de suicídio quando o sonho americano está me matando?”.

Lançada em 2024, a faixa também traz referências atuais, como a ascensão do TikTok. “Você já aprendeu a ler a nota de resgate? Não quero nenhuma massa amontoada. TikTok e impostos. Sob o viaduto. Dormindo em vidro quebrado. Nós não estamos bem”, canta Billie Joe.

AMERICAN IDIOT

“American Idiot” é um dos maiores hits do trio. Com instrumental agressivo e um ar de rebeldia inconfundível, a faixa se tornou símbolo do pop punk dos anos 2000.

A letra adota um tom debochado ao criticar tanto a mídia quanto o nacionalismo dos EUA. Os versos sugerem que os americanos estariam submetidos a uma espécie de idiotice patriótica, alimentada pelo medo constante. A canção abre assim: “Não quero ser um idiota americano. Não quero uma nação sob a nova mania. E você consegue ouvir o som da histeria? A merda subliminar da América”.

Lançada em 2004, a música veio três anos após os atentados de 11 de Setembro e um ano depois da invasão dos Estados Unidos ao Iraque — eventos que inspiraram não só a faixa, mas também outras canções do álbum “American Idiot”.

HOLIDAY

Outro sucesso estrondoso da banda, “Holiday” é marcado por sátiras. A letra retrata os americanos como um povo que encara a guerra com naturalidade, sugerindo uma indiferença diante da barbárie.

“Há uma bandeira enrolada em vários homens. Ei, uma mordaça, um saco plástico em um monumento. Oh, eu imploro para sonhar e diferir das mentiras vazias”, diz um dos versos.

A música foi lançada em 2004, durante o governo de George W. Bush. Os próprios músicos admitiram que a faixa é uma crítica direta ao então presidente americano e à cultura bélica dos Estados Unidos. Mas enfatizaram que, acima de tudo, ela funciona como um grito antiguerra.

TROUBLE TIMES

“Trouble Times” não cita diretamente o presidente Donald Trump na letra, mas o videoclipe deixa bem claro que ele é um dos alvos da música, lançada em 2017 (era o primeiro mandato do republicano).

O clipe também faz críticas às políticas antimigração e anti-muçulmanas defendidas por Trump. A faixa retrata tempos sombrios, descrevendo um país em constante retrocesso e um “paraíso em chamas”.

A canção reclama da crescente onda de conservadorismo nos Estados Unidos: “Vivemos em tempos conturbados. Quando é repetido? Algumas coisas, nunca superaremos”, canta Billie Joe.

21ST CENTURY BREAKDOWN

Lançada em 2009, “21st Century Breakdown” já abre com uma crítica direta a Richard Nixon, ex-presidente americano visto por opositores como símbolo de abuso de poder.

A faixa destrói o sonho americano em versos como: “Eu nunca consegui ser um herói da classe trabalhadora” e “sonhe, América, sonhe, eu não consigo nem dormir”.

Além disso, a letra satiriza o Dia da Independência dos Estados Unidos, retratando a data como um pai ou uma mãe ausente que deixa o filho à beira do declínio. “As cicatrizes em minhas mãos e um meio para um fim. É tudo o que tenho para mostrar.”

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