Paralisação total atinge moradores de 15 bairros e deixa usuários sem ônibus em São Luís. A greve dos motoristas em duas empresas de ônibus da capital maranhense já chega ao 5º dia sem previsão de encerramento. A paralisação por atraso nos salários afeta cerca de 30 bairros, com a redução do transporte público resultando em transtornos para a população.
A Prefeitura de São Luís informou que repassará o subsídio exigido pelo Sindicato das Empresas de Transporte (SET) diretamente para a Justiça, em resposta às cobranças dos empresários por 100% do valor para regularizar os salários dos motoristas. Por outro lado, o SET afirma que aguarda os recursos para efetuar os pagamentos dos trabalhadores afetados pela paralisação.
Atualmente, a greve afeta os trabalhadores das empresas 1001 e da Expresso Marina, prejudicando principalmente bairros da periferia como Cidade Operária, São Francisco, Cohatrac, entre outros. A crise no sistema de transporte público se agravou devido à falta de repasse de subsídios pela Prefeitura, que chegam a aproximadamente R$ 7 milhões, segundo o SET.
O impasse entre a Prefeitura e o SET persiste há meses, com discordâncias em relação ao repasse total do subsídio. Apesar do acordo homologado pelo Tribunal Regional do Trabalho, a falta de cumprimento por parte da prefeitura ameaça a continuidade das operações e coloca em risco a totalidade do sistema de transporte público da cidade.
Como medida emergencial, o prefeito anunciou a disponibilização de vouchers para corridas de aplicativo, pagas pela prefeitura, no valor de 30$ (ida e volta) para a população afetada pela paralisação. Além disso, a prefeitura aguarda autorização judicial para fazer o depósito dos valores contestados na Justiça do Trabalho, buscando minimizar os impactos sobre os cidadãos que dependem do transporte coletivo.
Desde fevereiro, apenas 80% da frota de ônibus está em circulação devido a uma decisão liminar do TRT-MA para garantir o atendimento mínimo durante greves. Enquanto o impasse entre SET e Prefeitura persiste, a população enfrenta dificuldades de deslocamento e a incerteza quanto à regularização dos serviços de transporte público na capital maranhense.
A falta de avanço nas negociações da Convenção Coletiva de Trabalho de 2024 e a recusa do município em firmar acordos contribuem para a prolongação do conflito, prejudicando tanto os trabalhadores quanto os empregadores do setor de transporte. Diante desse cenário de insegurança jurídica, social e econômica, a população aguarda uma solução para a greve que impacta diretamente a vida dos moradores de São Luís.




