Professores da rede municipal de Fortaleza estão em greve, o que resultou na paralisação das aulas e afetando cerca de 235 mil estudantes. O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiúte) cobre demandas tanto a nível nacional quanto local, enquanto a Secretaria Municipal de Educação (SME) lamenta a paralisação. A decisão de paralisar as atividades foi anunciada na terça-feira e deve durar 72 horas, se estendendo até sexta-feira.
Durante a manhã, na Vila União, duas unidades escolares foram fechadas, apesar da presença de alguns funcionários, não houve movimentação de estudantes. O motivo principal para a greve, de acordo com o Sindiute, é a reforma administrativa em tramitação na Câmara dos Deputados, em Brasília. Essa proposta poderia resultar na retirada de direitos históricos dos servidores, como a estabilidade e gratificações.
Além da luta contra a pauta nacional, os professores também demandam a Prefeitura de Fortaleza questões locais, como benefícios, progressão de carreira e melhores condições de trabalho nas escolas. A Secretaria Municipal de Educação se manifestou lamentando a decisão do sindicato, ressaltando o impacto direto para os estudantes e suas famílias. A SME destacou que concedeu um reajuste de 6,27% aos servidores neste ano, retroativos a janeiro, superando o índice de outras categorias de servidores públicos municipais. A progressão por tempo de serviço também foi ampliada para quase 7.500 servidores.
Na terça-feira, os professores protestaram em frente à Secretaria Municipal de Educação, no bairro Dionísio Torres. O Sindiute planeja manter vigílias no local nos próximos dias, enquanto a paralisação estiver em vigor. A greve impactou diretamente o funcionamento das escolas municipais de Fortaleza, prejudicando a rotina de milhares de estudantes. A cidade acompanha de perto o desenrolar desse movimento e seus desdobramentos. A luta dos professores por melhores condições de trabalho e a defesa de seus direitos continua sendo um tema importante na sociedade.