O Diário do Estado cancelou quase 80 cirurgias em 2 dias devido à greve dos profissionais da saúde, de acordo com a direção da instituição. O Sindicato dos trabalhadores da saúde afirmou que 50% da equipe de trabalho nos blocos cirúrgicos está mantida, mesmo diante da paralisação. A categoria alega que enfrenta atrasos nos pagamentos e condições precárias de trabalho.

O Diário do Estado, localizado em Belo Horizonte e reconhecido pela excelência no tratamento de câncer em todo o estado, informou que as cirurgias foram canceladas após o início da greve dos profissionais de saúde. A situação gerou manifestações do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviço de Saúde (Sideess) em frente à unidade de saúde, na qual os trabalhadores expressaram suas reivindicações e descontentamento.

Na terça-feira, 52 cirurgias estavam agendadas, mas 47 foram canceladas, segundo a direção do hospital. Já na segunda-feira, 32 procedimentos precisaram ser interrompidos. O Sindeess garantiu que metade dos profissionais da saúde continuam trabalhando nos blocos cirúrgicos, mantendo os serviços essenciais mesmo em meio à greve.

Após uma assembleia com os trabalhadores para discutir a proposta do Acordo Coletivo de Trabalho 2025/2026, a categoria decidiu por não aceitar a oferta apresentada. Entre as principais reivindicações dos profissionais estão o repasse do complemento do piso da enfermagem, reajuste salarial, aumento do ticket de alimentação e o combate ao assédio moral no ambiente de trabalho.

O Diário do Estado revelou que fez sete propostas de negociação salarial e benefícios, porém cinco delas foram rejeitadas pelos profissionais da saúde. A situação de greve e cancelamento de cirurgias preocupa pacientes e impacta o funcionamento regular do hospital. A busca por um acordo entre a instituição e os trabalhadores segue em aberto, visando garantir condições dignas de trabalho e atendimento de qualidade aos pacientes.