Os servidores do Poder Judiciário de São Paulo decidiram em assembleia, realizada na Praça João Mendes, Centro da capital paulista, dar continuidade à greve iniciada no dia 14. A principal demanda da categoria é a reposição salarial de 25,24%, um valor calculado levando em consideração as perdas inflacionárias acumuladas desde 2012. A decisão foi tomada de forma unânime pelos servidores presentes, reforçando a determinação em continuar com as paralisações até que haja uma resolução satisfatória por parte do Tribunal de Justiça de São Paulo.
O índice de reajuste salarial requerido pelos servidores era, inicialmente, de 30,24%, porém o Tribunal de Justiça concedeu apenas 5% de aumento, sem abrir espaço para negociações ou diálogos com os representantes da categoria. Essa postura contribuiu para intensificar os ânimos dos grevistas, que se mantêm firmes em seus objetivos de obter um reajuste que compense de fato as perdas salariais ao longo dos últimos anos. O deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL), presente na assembleia, enfatizou que o orçamento do Tribunal é o maior da história, ultrapassando a marca de R$ 19 bilhões com a suplementação aprovada na Assembleia Legislativa.
A greve dos servidores do TJ-SP já completou mais de uma semana e, de acordo com a Assojubs, uma das associações representativas dos servidores, a “falta de ação do Tribunal de Justiça em estabelecer uma negociação efetiva para o pagamento das perdas inflacionárias nos salários” é o principal motivo para a continuidade das paralisações. Em resposta à situação, o Tribunal de Justiça comunicou, por meio de sua assessoria de imprensa, que os índices de adesão à paralisação são considerados insignificantes diante do contingente total de servidores atuantes no TJSP.
A mobilização dos servidores do Judiciário de São Paulo também se estendeu até o Fórum de Santos, onde foram realizadas manifestações em prol da causa. A união e a determinação dos servidores em lutar por seus direitos salariais têm sido evidenciadas não apenas na capital, mas em outros locais do estado. A greve continua e a categoria segue aguardando uma posição mais efetiva por parte do Tribunal de Justiça, buscando uma solução justa e satisfatória para a reposição salarial almejada. A pressão por diálogo e negociação permanece como uma das principais estratégias dos servidores para conquistar suas reivindicações.