Greve no transporte público de São Luís: impasses e alternativas de mobilidade

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Os transtornos causados pela greve do transporte público em São Luís continuam se intensificando, chegando ao quarto dia de paralisação. Rodoviários e empresários não chegaram a um acordo, o que levou a Justiça do Trabalho a analisar o processo trabalhista e emitir um posicionamento em até 24 horas. Enquanto isso, apenas os ônibus do sistema semiurbano estão em operação devido a um acordo feito entre a categoria na última quarta-feira.

Uma audiência de conciliação foi realizada no Tribunal Regional do Trabalho, porém sem sucesso. A Justiça determinou que a Prefeitura de São Luís apresente o valor atualizado da remuneração dos trabalhadores, visando auxiliar na análise da tutela de urgência demandada pelo Ministério Público do Trabalho. Além disso, o sindicato dos trabalhadores deve garantir o funcionamento de 80% da frota, sob pena de multa diária de R$ 100 mil, porém os ônibus ainda não estão em circulação.

Diante do impasse, a Prefeitura decidiu cadastrar usuários para o uso de corridas por aplicativo, pagas pelo município durante a greve dos rodoviários. Cada pessoa cadastrada terá direito a dois vouchers diários de R$ 30 cada, visando amenizar os impactos da paralisação. As corridas serão financiadas com o subsídio destinado às empresas de transporte da capital, porém os detalhes de como isso será realizado não foram esclarecidos.

Enquanto o transporte urbano permanece paralisado, os ônibus do sistema semiurbano que atendem municípios como São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa voltaram a circular após acordo na audiência de conciliação. Para essas linhas, foi acordado um reajuste salarial de 7% para os trabalhadores e um aumento de 10% no valor do ticket alimentação. Já as negociações para o transporte urbano serão retomadas em nova audiência.

A Câmara Municipal de São Luís aprovou um projeto de lei que autoriza a Prefeitura a contratar novas empresas de ônibus e bancar corridas por aplicativo para os cidadãos. Isso revoga o contrato em vigor com as empresas existentes e utiliza parte do subsídio anual para as corridas. O contrato anterior estava sendo descumprido em vários aspectos, incluindo o número de ônibus em operação e a acessibilidade para pessoas com deficiência.

A greve dos rodoviários, que demanda reajuste salarial e benefícios para a categoria, continua impactando a população. A liminar que determina que 80% da frota circule durante a paralisação não está sendo efetivada, causando transtornos aos usuários. Enquanto isso, a cidade busca alternativas para minimizar os efeitos da greve e garantir a mobilidade da população. A expectativa é que novas negociações ocorram em breve para resolver o impasse e restabelecer o transporte público na capital maranhense.

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