Grito dos Excluídos no Recife: Manifestantes defendem soberania e meio ambiente, pedem prisão de Bolsonaro e Lula

grito-dos-excluidos-no-recife3A-manifestantes-defendem-soberania-e-meio-ambiente2C-pedem-prisao-de-bolsonaro-e-lula

No Recife, Grito dos Excluídos protesta em defesa da soberania nacional e do
meio ambiente e contra anistia para golpistas

Protesto aconteceu no Centro da cidade, neste domingo (7). Manifestantes
defenderam temas como redução da jornada de trabalho e isenção de imposto de
renda para quem ganha até R$ 5 mil.

Grito dos Excluídos pede prisão de Bolsonaro e soberania brasileira
[https://s04.video.glbimg.com/x240/13907939.jpg]

Grito dos Excluídos pede prisão de Bolsonaro e soberania brasileira

A 31ª edição do Grito dos Excluídos e Excluídas reuniu manifestantes, neste
domingo (7), no Centro do Recife
[https://de.globo.com/pe/pernambuco/cidade/recife/], num ato em defesa da
soberania nacional, do meio ambiente, da democracia e contra a anistia para
reivindicada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está sendo
julgado no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado
[https://de.globo.com/politica/noticia/2025/02/18/grupo-golpista-tinha-no-8-de-janeiro-a-ultima-esperanca-para-tentativa-de-golpe-aponta-pgr.ghtml],
bem como para golpistas que participaram dos ataques de 8 de janeiro de 2023
[https://de.globo.com/politica/noticia/2025/09/07/anistia-a-golpistas-dos-mais-de-14-mil-dos-presos-do-8-de-janeiro-141-continuam-na-cadeia-e-44-estao-em-prisao-domiciliar.ghtml].

Na tradicional manifestação que acontece simultaneamente ao desfile
cívico-militar, realizado na Avenida Marechal Mascarenhas de Moraes, na Zona Sul
do Recife, os participantes se concentraram no Parque Treze de Maio, no bairro
da Boa Vista, e seguiram em caminhada pela Avenida Conde da Boa Vista até a
Avenida Guararapes, no bairro de Santo Antônio (veja vídeo acima).

O Grito dos Excluídos acontece anualmente no Dia da Independência do Brasil e
foi criado em 1995 pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em
articulação com movimentos sociais e pastorais.

Neste ano, o ato teve como lema “A Vida em Primeiro Lugar” e o tema “Cuidar da
casa comum e da democracia é luta de todo dia”. O mote destaca a urgência de
enfrentar a crise climática, proteger o meio ambiente, reafirmar a democracia e
garantir a soberania nacional.

Durante a mobilização, os participantes também pediram o Plebiscito Popular
2025, que defende a redução da jornada de trabalho sem redução salarial e o fim
da escala 6×1, além de justiça tributária, com isenção do Imposto de Renda para
quem ganha até R$ 5 mil e aumento da alíquota para os super-ricos.

“O lema desse ano é cuidar da democracia, é uma luta de todo dia pela soberania
do nosso país, por tudo que está acontecendo no nosso país. Eu estou aqui há 31
anos por uma mudança de olhar para nós, minorias, que, na verdade, somos
maioria. Estamos aqui pelo plebiscito, pela taxação das grandes fortunas, pelo
fim da escala 6×1”, disse Marcionita Batista, uma das coordenadoras do ato.

Manifestantes carregaram cartazes contra a anistia ao ex-presidente Jair
Bolsonaro, assim como bandeiras em defesa da Palestina e pela valorização dos
trabalhadores.

A manifestante Arary Nobre, ativista do Movimento Abrace a Comunidade, foi à
manifestação acompanhada da esposa, Gleice Ribeiro, e do filho Artur.

“Os excluídos são aqueles que vivem em estado de vulnerabilidade. São as pessoas
em situação de rua, idosos, mulheres, pessoas LGBTQIA+, é meu filho, fruto de
uma relação homoafetiva. A luta da gente é por um país igualitário. Eu me
conecto com todas as pautas que estão sendo levantadas aqui hoje indo nas
comunidades, vendo a realidade, sentindo na pele a vulnerabilidade das pessoas”,
apontou Arary.

O pajé Juruna, do Povo Karaxuna Wanassu, também participou do ato, e criticou a
aprovação da nova Lei Geral de Licenciamento Ambiental
[https://de.globo.com/politica/noticia/2025/07/17/lei-geral-de-licenciamento-ambiental-veja-como-a-camara-votou.ghtml],
conhecida por ambientalistas como “PL da Devastação”. A nova lei muda
completamente o processo de obtenção de licenças ambientais no Brasil e seus
defensores dizem que ela deve desburocratizar e acelerar obras consideradas
estratégicas.

Para Vanildo Bandeira, advogado, professor e coordenador nacional da Articulação
Brasileira de Gays, a manifestação também é uma forma de demonstrar apoio ao
presidente Lula (PT) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

“Lula faz o que muitos prometeram e não fizeram. Agora, mais do que nunca, é
importante que estejamos do lado dele, fortalecendo o STF, as lutas do pobre, do
operário, porque nos elegeu um congresso que está trabalhando de costas para o
país, entregando a soberania nacional aos Estados Unidos”.

Box de Notícias Centralizado

🔔 Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram e no WhatsApp