Grupo suspeito de vazar dados de milhões de brasileiros vendia informações por
até R$ 0,30
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em municípios dos estados de
São Paulo e Paraná. A operação foi comandada pela Delegacia Seccional de
Fernandópolis (SP), na quinta-feira (28). Suspeitos serão ouvidos.
1 de 2 Operação da Polícia Civil do interior de SP investiga grupo responsável
por vazamento de dados de milhões de brasileiros — Foto: Polícia
Civil/Divulgação
Operação da Polícia Civil do interior de SP investiga grupo responsável por
vazamento de dados de milhões de brasileiros — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Após operação realizada pela Delegacia Seccional de Fernandópolis (SP),
que identificou um grupo criminoso suspeito de vazamento de dados de milhões de
brasileiros, os policiais constataram que os investigados armazenavam e vendiam as informações
por até R$ 0,30. Sete pessoas foram apontadas como líderes da quadrilha e serão
ouvidas na tarde desta sexta-feira (29).
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Segundo apuração da Polícia Civil, durante a operação, os dados das vítimas eram
vendidos por menos de R$1,00, para empresas de telemarketing, golpistas e
profissionais liberais que ofereciam assessoria previdenciária.
2 de 2 Algumas das apreensões realizadas na “Operação Tatu Canastra”, feita pela
Delegacia Seccional de Fernandópolis (SP) — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Algumas das apreensões realizadas na “Operação Tatu Canastra”, feita pela
Delegacia Seccional de Fernandópolis (SP) — Foto: Polícia Civil/Divulgação
No total, sete pessoas foram apontadas como líderes da quadrilha e serão
ouvidas. Os suspeitos podem responder pelos crimes de organização criminosa e
invasão de dispositivo informático.
OPERAÇÃO “TATU CANASTRA”
Após um ano de investigações, a Polícia Civil identificou que o grupo possuía
dados funcionais de servidores de Tribunais de Justiça. Entre as informações
obtidas, 170 mil servidores do Rio de Janeiro (RJ), de bancos de dados de
autarquias previdenciárias, de concessionárias de telefonia e de prefeituras em
vários estados foram lesados.
A Polícia Civil cumpriu mandados em São Paulo, Bauru, Campinas, Praia Grande, Taubaté e em cidades do Paraná.
Segundo os policiais, a investigação apontou que o grupo fazia um enriquecimento
de dados, juntando arquivos de fontes variadas para ter um maior valor no
mercado para comercialização.
Entre os clientes envolvidos na venda desses dados estão empresas de
telemarketing, profissionais liberais, empresários e criminosos que usam esses
dados para a lavagem de dinheiro, evasão de dívidas e golpes digitais.
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