Grupo de transição discute regulação de streamings no Brasil

Os integrantes do grupo de trabalho da Cultura, da transição do governo Lula, debateram a regulação dos serviços de streamings para produzir o relatório final que será entregue no próximo domingo, 11. Um dos coordenadores afirmou que ajuste é uma “agenda legislativa prioritária para o setor audiovisual” e que o tema foi pautado em diversas agendas de trabalho.

O grupo também recebeu documentos que continham dados sobre o impacto da regulação dos serviços. As informações subsidiarão o relatório final.

A regulamentação de plataformas como Netflix, Amazon Prime e HBO MAX pautou dois projetos de lei apresentados pelos petistas nesta legislatura. O deputado Paulo Teixeira (SP) levou a proposta para a Câmara, enquanto Humberto Costa (PE) sugeriu a discussão da medida no Senado.

Sobre os streamings

Netflix é o serviço de streaming mais conhecido e consumido mundialmente, chegou ao Brasil em 2011, porém se popularizou em 2013 com a estreia da série House of Cards. Atualmente para ter a assinatura do plano básico do streaming o interessado terá que desembolsar R$ 25,90.

Já a Amazon Prime Video chegou ao país em 2019, além de oferecer diversas séries e filmes, o serviço também disponibiliza frete grátis em compras nos sites. O valor do streaming é de apenas R$ 14,99.

O Brasil também possui o próprio serviço, o Globo Play, que pertence à Rede Globo. Disponível desde 2015, a plataforma oferece conteúdos novos e antigos da emissora, séries e filmes de outros países e conteúdos de canais como Megapix, Multishow e Universal.

Além das citadas, também tem as recém chegadas no país, HBO Max e Disney+.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp