Grupo Di Roma se pronuncia sobre queda de criança em toboágua em Caldas Novas

O menino que morreu após cair de um toboágua, em Caldas Novas, tentou escorregar pelo brinquedo que estava parcialmente desmontado, segundo perícia da Polícia Técnico-Científica (PTC). Os peritos apontam ainda que Davi Lucas de Miranda, 8, subiu pelas escadas até o topo do brinquedo, onde ficam as entradas para os toboágua. Dos três escorregadores, apenas um estava com a estrutura plástica montada. O caso é investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Caldas Novas.

Ainda de acordo com informações periciais, antes de cair no chão, Davi bateu o corpo na estrutura de ferro do brinquedo, deixando marcas. A distração aquática, na qual ocorreu o acidente, estava fechada para manutenção. Mas de acordo com o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Pereira, um tapume e uma fita zebrada eram os únicos obstáculos para entrar no brinquedo.

Escada do toboágua de onde Davi caiu.

Nesta segunda-feira (14), dois funcionários do grupo Di Roma prestaram depoimento. Já nesta terça (15), outras quatro testemunhas também foram ouvidas. Os pais da criança vão se pronunciar através de carta precatória encaminhada para a cidade de Conselheiro Lafaiete (MG). A expectativa é que o inquérito seja concluído dentro de 30 dias.

Para o Diário do Estado, a assessoria do grupo Di Roma informou que só vai comentar sobre o ocorrido após conclusão das investigações.

Relembre o caso

O caso ocorreu no último domingo (13), em um clube do grupo Di Roma. Davi Lucas caiu de uma altura de aproximadamente 15 metros. Ele foi socorrido e levado para o hospital municipal. Segundo a equipe médica, ele sofreu várias fraturas e traumatismo craniano. Durante tentativa de transferência para o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (HUGOL), ele sofreu uma parada cardíaca e voltou para o hospital, onde morreu.

Davi Lucas de Miranda. / Foto: reprodução

Nota Polícia Civil

A Polícia Civil do Estado de Goiás, através da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Caldas Novas, informa que foi instaurado Inquérito Policial nº 11/2022 para a apuração das circunstâncias da morte de uma criança de 8 anos de idade, ocorrida no último dia de 13 de fevereiro, nas dependências de um parque aquático da cidade.

O exame pericial de local de morte violenta e o exame cadavérico já foram realizados pela Polícia Técnico-Científica e os respectivos laudos serão concluídos e remetidos à Polícia Civil para a instrução do procedimento investigatório.

Ainda na data de ontem, dois funcionários do grupo empresarial proprietário do complexo aquático prestaram declarações na Delegacia de Polícia. Para hoje estão marcadas mais quatro oitivas de testemunhas. As imagens do circuito de câmeras de monitoramento do local também já foram requisitadas e serão fornecidas em breve. Os pais da vítima serão ouvidos através de carta precatória encaminhada para a cidade de Conselheiro Lafaiete (MG).

Por fim, a Polícia Civil do Estado de Goiás esclarece que, dentro do prazo legal de 30 dias, envidará todos os esforços para aprofundar a investigação com o objetivo de elucidar os fatos e comprovar a responsabilidade daqueles que tenham concorrido para o evento fatal.

 

Nota Grupo Di Roma

“O Grupo DiRoma vem publicamente lamentar e prestar profunda solidariedade à família da criança que tragicamente se acidentou nas dependências do nosso complexo.

A área em que ocorreu o acidente estava completamente fechada com tapume e devidamente sinalizada para reforma e melhorias.

O espaço, bem como todo nosso complexo, é vistoriado com rigor pelo Corpo de Bombeiros e possui todos os alvarás e licenças emitidos pelas autoridades competentes.

Em cinquenta anos de história e tradição, o Grupo DiRoma nunca sofreu uma tragédia dessa magnitude.

As investigações sobre as causas do acidente serão realizadas pela Polícia Civil.

Estamos consternados, colaborando com as autoridades, oferecendo total suporte à família nesse momento de luto”. 

 

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Jovem baleada por agentes da PRF continua em estado grave no hospital

A jovem Juliana Leite Rangel, 26 anos, permanece em estado grave, no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN),em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ela foi internada na unidade, às 21h12, de terça-feira, 24, após ser atingida por um tiro de fuzil na cabeça por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na Rodovia Washington Luís (BR-040), também naquele município.

Por meio da Secretaria Municipal de Saúde e da direção do HMAPN, a Prefeitura de Duque de Caxias informou que a jovem foi levada para a unidade pela PRF. “A direção do HMAPN informa que a paciente, atingida por arma de fogo (PAF) em crânio, foi entubada e encaminhada diretamente para o centro cirúrgico, onde passou por procedimento, sem intercorrências. No momento, segue internada no CTI, hemodinamicamente instável, entubada e acompanhada por equipe multidisciplinar. A paciente mantém o quadro gravíssimo”, informou em nota divulgada no início da manhã desta quinta-feira, 26.

Em entrevista ontem no Hospital, a médica intensivista do Adão Pereira Nunes, Juliana Paitach, disse que mesmo em estado grave, Juliana Leite Rangel, tem reagido positivamente aos medicamentos que vem recebendo. “Do que ela chegou para agora não teve piora. Ela se manteve em um grau de gravidade que estabilizou com as drogas que estão entrando com a medicação e não teve piora, ou seja, a pressão se manteve com a medicação que está entrando. É uma paciente jovem, que foi atendida com rapidez e muita eficiência, que tem tudo para evoluir com positividade, mas não tem como a gente saber”, afirmou.

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou Procedimento Investigatório Criminal, assinado pelo procurador da República, Eduardo Santos de Oliveira Benones, considerando que, conforme a Constituição de 1988 definiu, o órgão tem a incumbência da defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

No texto, o procurador apontou que a jovem de 26 anos seguia de carro na companhia de familiares para comemorar o Natal e sofreu gravíssimos ferimentos. Benones destacou que ela não foi a única vítima, uma vez que o pai  dela, Alexandre, também foi baleado.

O procurador determinou que, considerando a necessidade de efetuar diligências, “visando a colheita de informações, documentos e outros elementos aptos a direcionar e definir a linha de atuação deste órgão ministerial no caso aqui apresentado”, a Superintendência da Polícia Federal, no Rio de Janeiro, dê informações sobre as providências adotadas. Requisitou ainda à Superintendência da Polícia Rodoviária Federal, também no Rio, a identificação dos policiais rodoviários federais envolvidos na ocorrência e a identificação dos autores dos disparos.

O procurador requereu também o imediato afastamento das funções de policiamento dos policiais envolvidos no caso, além do recolhimento dos veículos “com total preservação de seu estado, conforme verificado após a ocorrência”.

Benones determinou ainda o recolhimento e acautelamento das armas, de qualquer calibre ou alcance, que estavam em poder dos policiais envolvidos, “independentemente de terem sido utilizadas ou não, para realização de perícia”.

Para o HMAPN, o procurador pediu a expedição de um ofício para que o diretor da unidade informe ao MPF o estado de saúde das vítimas, independente de boletins médicos, bem como para o envio, de imediato, dos respectivos Boletins de Atendimento Médico de Juliana e de Alexandre.

Ainda no texto, o procurador determinou à Polícia do Ministério Público Federal que se dirija ao Hospital Adão Pereira Nunes, para apurar o estado de saúde da vítima, com declaração médica, a identidade dos integrantes da equipe médica que prestou os primeiros socorros, bem como da equipe responsável pelo acompanhamento do tratamento”.

Inquérito

A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar a ocorrência da noite desta terça-feira, 24, que envolve policiais rodoviários federais. De acordo com a PF, as apurações começaram após ser acionada pela PRF.  Uma equipe esteve na Rodovia Washington Luís (BR-040) para realizar as medidas iniciais, como “a perícia do local, a coleta de depoimentos dos policiais rodoviários federais e das vítimas, além da apreensão das armas para análise pela perícia técnica criminal”, contou em nota divulgada ontem.

Também em nota, a Polícia Rodoviária Federal  informou nesta quarta-feira, 25, que, por determinação da Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal, em Brasília, foi aberto, na manhã de ontem, um procedimento interno para apuração de fatos relacionados aos disparos, na BR-040, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense. De acordo com a PRF, “os agentes envolvidos foram afastados preventivamente de todas as atividades operacionais”.

A corporação disse lamentar profundamente o episódio e esclareceu que, por orientação da Direção-Geral, “a Coordenação-Geral de Direitos Humanos acompanha a situação e presta assistência à família da jovem Juliana”.

Quanto às investigações, indicou que colabora com a Polícia Federal no fornecimento de informações que auxiliem nas apurações do caso.

Ministério da Justiça e Segurança Pública

“A polícia não pode combater a criminalidade cometendo crimes. As polícias federais precisam dar o exemplo às demais polícias”, apontou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, em nota divulgada pela pasta.

Lewandowski lamentou o incidente, que na visão dele, “demonstra a importância de uma normativa federal que padronize o uso da força pelas polícias em todo o país”.

“O Ministério da Justiça e Segurança Pública lamenta o ocorrido e se solidariza com a vítima e seus familiares. Informa ainda que tem empenhado todos os esforços para que as responsabilidades sejam devidamente apuradas”, completou a nota.

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