Grupo envia brasileiros ilegalmente aos EUA: movimenta R$ 43 mi e 1.500 vítimas

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Grupo manda brasileiros ilegalmente para os EUA e movimenta R$ 43 mi

A PF estima que o número de vítimas pode ultrapassar 1.500 pessoas, incluindo crianças e adolescentes

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (26/2) a Operação Siblings, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa envolvida no contrabando de migrantes para os Estados Unidos.

Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, sendo 11 em Governador Valadares (MG), dois no Espírito Santo e um no Distrito Federal. Além disso, foram impostas 11 medidas cautelares, como apreensão de passaportes e bloqueio de bens e contas bancárias, com sequestro de valores que podem chegar a R$ 43 milhões. Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Federal de Organizações Criminosas de Belo Horizonte.

As investigações apontam que o grupo criminoso, liderado por uma família em Governador Valadares, atuava no agenciamento e envio ilegal de migrantes para os EUA via México. O esquema contava com diferentes núcleos especializados, responsáveis pela captação de vítimas, compra de passagens, reservas de hotéis, falsificação de documentos públicos e criação de contas bancárias para movimentação financeira.

Desde o início das investigações, foram identificados 669 migrantes enviados ilegalmente para os Estados Unidos. Com a análise do material apreendido, a PF estima que o número de vítimas pode ultrapassar 1.500 pessoas, incluindo crianças e adolescentes.

Durante a operação, duas pessoas foram presas em flagrante, uma por posse irregular de munição e outra por resistência. Além disso, foram apreendidos documentos, dinheiro em espécie, joias e veículos.

Essa é a maior operação de combate ao contrabando de migrantes já realizada pela Polícia Federal em Governador Valadares, região conhecida por ser um dos principais pontos de saída de brasileiros rumo aos Estados Unidos por meio de travessias ilegais.

Os envolvidos responderão pelos crimes de participação em organização criminosa, promoção de migração ilegal, envio irregular de crianças ou adolescentes para o exterior, falsificação de documentos públicos e uso de documentos falsificados. As penas podem ultrapassar 33 anos de reclusão.

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