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A atuação criminosa do grupo liderado pelo policial civil aposentado Alcino Luiz Costa Pereira não se limitava apenas a cobrar propina de estabelecimentos ilegais, como casas de prostituição e bingos clandestinos, mas também envolvia a extorsão de dinheiro para evitar investigações sobre esses locais. Pereira foi preso em uma ação do Gaeco do MPRJ, com o apoio da CSI/MPRJ, que cumpriu um mandado de prisão contra ele. Além do ex-policial, outros cinco agentes da Polícia Civil foram denunciados pelo Ministério Público por corrupção passiva, todas as investigações contaram com a participação da Corregedoria Interna da Polícia Civil (Coinpol).
As atividades criminosas do grupo, que se estenderam de 2018 a 2022, estavam concentradas principalmente na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) do Centro do Rio de Janeiro. Pereira era apontado como o líder do esquema e era responsável por organizar a distribuição das cobranças entre os policiais, além de manter contato direto com os donos dos estabelecimentos ilegais extorquidos. Essas revelações foram resultado de investigações que fizeram parte da Operação Fim da Linha, iniciada em 2022 com foco em corrupção e lavagem de dinheiro nas delegacias especializadas do Estado.
A Operação Fim da Linha, que teve como alvo inicial a máfia do jogo do bicho e a tentativa de prender um dos supostos chefes, Bernardo Bello, acabou desencadeando uma série de desdobramentos que levaram à descoberta do esquema criminoso liderado por Alcino Luiz Costa Pereira. O policial aposentado já havia sido denunciado anteriormente em um processo relacionado à mesma operação, o que revela a continuidade de suas condutas ilícitas ao longo do tempo.
A ação do Gaeco do MPRJ contra o grupo de policiais civis envolvidos na extorsão de estabelecimentos ilegais demonstra o compromisso das autoridades em combater a corrupção dentro das instituições de segurança. A denúncia dos agentes e a prisão de Pereira são passos importantes na busca por transparência e integridade no sistema policial, garantindo que a lei seja cumprida e que os responsáveis pelos crimes sejam devidamente punidos. A cooperação entre diferentes órgãos de controle, como o MPRJ e a Coinpol, é fundamental para a eficácia das investigações e para a promoção da justiça.