Grupo “Vamos ao Cinema Juntos” une cinéfilos em SP e até forma casais

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Grupo une desconhecidos apaixonados por cinema e forma até casal em SP

“Vamos ao Cinema Juntos” reúne desconhecidos em DE para assistirem filmes
juntos e conversarem sobre eles depois das sessões

DE — Há 8 anos, um projeto em DE reúne desconhecidos para assistirem
juntos a filmes nos cinemas da capital paulista. Os encontros começaram em 2017 e já foram palco até para a formação de casais.

Tudo começou quando o cinéfilo Gleison Nascimento teve a ideia de criar um grupo para juntar pessoas que iam sozinhas ao cinema. Com o nome autoexplicativo de “Vamos ao Cinema Juntos”, a iniciativa foi publicada em redes sociais e em uma plataforma de comunidades.

Os eventos logo começaram a chamar a atenção de cinéfilos e curiosos. A empreendedora Patty Fang, de 52 anos, foi uma das primeiras a participar dos encontros. Ela conta que já tinha o hábito de ir ao cinema sozinha e soube do projeto pelas redes sociais.

“Eu achei a proposta extremamente interessante e passei a seguir. Fui no encontro, logo em seguida. […] Foi muito divertido! Eu adorei e não parei mais”.

Em janeiro de 2025, 40 pessoas participaram da sessão para ver o filme Nosferatu com o grupo “Vamos ao Cinema Juntos”

Quem participa dos encontros assiste ao filme em uma mesma sessão e depois conversa sobre ele em um bar ou restaurante com o resto do grupo

Em janeiro de 2025, 40 pessoas participaram da sessão para ver o filme Nosferatu com o grupo “Vamos ao Cinema Juntos”

Hoje, ela é uma das cinco pessoas que organizam os encontros. A cada evento, o grupo assiste a um filme e conversa sobre a obra em um bar ou restaurante depois do cinema.

A agenda dos encontros é publicada em um grupo aberto no WhatsApp. Quem se interessa, compra o próprio ingresso para a sessão combinada e entra em outro grupo, exclusivo para aquela sessão, onde os participantes combinam o ponto de encontro. Spoilers sobre os filmes são vetados antes das sessões.

Os eventos acontecem duas ou mais vezes por semana, geralmente no sábado e domingo, e são concentrados no centro da capital paulista para facilitar o retorno para casa, já que os participantes são de várias regiões da Grande DE.

No primeiro fim de semana deste ano, 40 pessoas estiveram no encontro para assistir Nosferatu, filme de terror dirigido por Robert Eggers. Patty explica que o projeto funciona não apenas para os cinéfilos, mas também para quem não tinha companhia para sair.

“Algumas pessoas vieram me falar: ‘Eu não ia ao cinema porque a minha melhor amiga não gosta dos mesmos filmes que eu’, ‘Minha namorada tem medo de filme de terror, então eu não ia porque eu não queria ir sozinho’ […]. Gente, como que a pessoa deixa de fazer uma coisa que ela quer, que ela gosta, por falta de companhia? Então, vamos juntar essas pessoas, sabe?”, diz a empreendedora. “E o cinema é uma coisa que une as pessoas. A arte une as pessoas, né?”.

A experiência do grupo endossa a fala da empreendedora: várias amizades e até casais já se formaram por causa do projeto, segundo Patty. O metroviário Diogo Amatuzzi, de 42 anos, e a bancária Catarina Rodrigues, 32, estão entre aqueles que foram unidos pela iniciativa.

Diogo e Catarina se conheceram em um evento do Vamos ao Cinema Juntos. Ela era da zona leste da cidade e ele da zona oeste

O filme Star Wars marcou o primeiro date oficial do casal, que se conheceu por causa do projeto Vamos ao Cinema Juntos. No Chá Revelação da filha, eles usaram sabres de luz para contar que teriam uma menina na família

Em 2019, Diogo começou a frequentar os encontros por indicação de uma amiga e conheceu Catarina no dia em que o grupo marcou de ver o filme “Ainda Temos a Imensidão da Noite”, do diretor Gustavo Galvão. Naquele dia, Catarina não encontrou ninguém conhecido ao chegar no ponto de encontro, e mandou uma mensagem no WhatsApp da iniciativa avisando que estava na bilheteria. “Quando eu olhei pra ela, algo no universo mudou”, diz Diogo.

Depois daquela sessão, os membros do grupo participaram de um jantar com pessoas da equipe do filme. “Eu percebi que o Diogo estava me dando uns olhares”, conta Catarina rindo. A troca de olhares continuaria nos eventos seguintes, até que o metroviário decidiu mandar uma mensagem para ela.

No fim de dezembro, os dois marcaram o primeiro encontro. Em um cinema – é claro! – para assistir o último filme da trilogia de Star Wars, saga da qual Diogo é fã.

Foi quando o metroviário da zona oeste e a bancária da zona leste de DE engataram de vez o romance. “A gente morava em extremos opostos da cidade. Se não fosse o grupo de cinéfilos, não teríamos nos encontrado”, diz Diogo. Hoje, ele é um dos organizadores das sessões do grupo de cinéfilos.

Em janeiro deste ano, Diogo e Catarina se casaram. No topo do bolo da festa, um balde de pipocas do Star Wars acompanhou os bonecos de ambos, uma homenagem ao filme do primeiro date do casal. Star Wars também marcou o chá revelação da filha deles. Foi com um sabre de luz colorido que o casal anunciou para amigos e família que teria uma menina, Giórgia, prevista para setembro deste ano.

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