Guarda Civil ameniza crise com Iris

O mal estar gerado pelas declarações do prefeito Iris Rezende (MDB) de que lugar da Guarda Civil Metropolitana é vigiando prédios públicos, foi amenizado ontem pelo porta-voz da corporação, Valdsom Batista. “A Guarda Civil já vem fazendo esse trabalho de proteção dos patrimônios públicos e nunca deixou de fazer. O que vai acontecer agora é o remanejamento de algumas equipes envolvidas em outros projetos para intensificar a segurança da rede municipal durante o período de férias escolares”, explica.

Iris Rezende afirmou que a GCM deixaria de atuar no patrulhamento da cidade. “Isso é atribuição da Polícia Militar e da Polícia Civil. A GCM vai cuidar apenas de prédios públicos municipais, escolas, parques, postos de saúde, segundo a determinação do prefeito, para evitar que o patrimônio público seja depredado e que material seja furtado”, disse o prefeito.

A deputada Adriana Accorsi, do Partido dos Trabalhadores (PT), e Washington Moreira, Presidente da Associação dos Servidores da Guarda Civil Metropolitana de Goiânia, consideraram a ação do prefeito retrógrada. Segundo Valdsom Batista, existe confusão entre patrulhamento ostensivo e preventivo. “O trabalho preventivo, no qual a viatura se desloca entre escolas, conversa com os responsáveis das escolas e os pais de alunos não para. Nossos guardas não ficam parados na porta de escolas fazendo vigilância em determinados expedientes, mas fazem na verdade o patrulhamento preventivo delas”.

Sobre os comentários de Accorsi e Moreira sobre a falta de monitoramento eletrônico nos prédios públicos da capital, Batista lembra que já existe esse tipo de serviço e a prefeitura planeja continuar ampliando para ajudar na prevenção de crimes.

“Como guarda civil, não vou virar a cara para um crime que estiver acontecendo enquanto cumpro as minhas funções, pois sou agente público de segurança e a lei diz que tenho que auxiliar na prevenção e proteção. Sobre o trabalho de monitoramento da guarda nas ruas, ele continua como sempre foi: tem que passar pela aprovação do comandante para determinar se podemos ajudar a PM ou a PC em prisões e outras ações”, completa Valdsom Batista.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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