A Guarda Municipal do Rio de Janeiro está prestes a ganhar uma nova divisão de elite, aprovada pela Câmara de Vereadores e prevista para entrar em vigor em fevereiro. A Força Municipal, como é chamada, terá exigências rigorosas para aqueles que desejam integrá-la. Além de testes físicos e de saúde em dia, os candidatos serão submetidos a exames toxicológicos. Obesidade mórbida, câncer, dependência química ou doenças cardíacas graves são alguns dos fatores que podem eliminar um candidato do processo de seleção.
Antes de serem admitidos na Força Municipal, os candidatos terão que cumprir uma série de exigências, incluindo uma investigação social prévia. Os agentes terão que preencher um formulário com perguntas que visam avaliar seu envolvimento com atividades ilícitas, milícias ou facções criminosas. Aqueles que forem admitidos irão trabalhar armados no policiamento ostensivo, preventivo e comunitário, sem participar de operações policiais.
O projeto da Força Municipal recebeu adesão de 34 vereadores e teve emendas aprovadas, como a obrigatoriedade de equipar veículos e uniformes com câmeras de monitoramento. O vice-prefeito Eduardo Cavaliere destacou a importância de equipar a nova divisão com equipamentos de padrão estabelecido para as forças de segurança, como pistolas .40. A aquisição dos equipamentos ocorrerá de forma progressiva, à medida que os agentes forem formados.
Uma das emendas aprovadas permite que os agentes mantenham o porte de arma fora do expediente, contrariando o texto original que previa que as armas fossem deixadas em locais indicados pelo município. Apesar de avanços no projeto, alguns vereadores manifestaram ressalvas, como Pedro Duarte, do Novo, que questionou a contratação de agentes temporários e seus possíveis vínculos com o crime.
Durante a votação, houve tentativas de adiar o projeto e críticas em relação à contratação de agentes temporários, sugerindo que eles poderiam ser aliciados pelo crime. Apesar das polêmicas, a Força Municipal foi aprovada com ampla maioria. Alguns vereadores argumentaram que a criação da nova divisão vai fortalecer a atuação da Guarda Municipal, enquanto outros alegaram que o projeto pode levar à formação de uma milícia armada.
Com a aprovação da Força Municipal, a Guarda Municipal do Rio se prepara para receber uma divisão de elite que promete reforçar a segurança na cidade. Equipada com os mais altos padrões de equipamentos e treinamento, a nova divisão terá a missão de atuar no policiamento comunitário e preventivo, sem participar das operações policiais. Os detalhes sobre o início efetivo das atividades da Força Municipal serão divulgados nos próximos meses.